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Os 30 da NBA: Spurs tentam manter identidade mesmo sem Tim Duncan na equipe

Fábio Balassiano

23/10/2016 14h00

Muitos de vocês não devem lembrar quando foi a última vez que o San Antonio Spurs iniciou uma temporada sem Tim Duncan no elenco, né? Pois foi em 31 de outubro de 1997. Desde então a franquia texana venceu sempre 50+ jogos da temporada regular (menos nas do locaute, claro!), conquistou cinco anéis de campeão e deu exemplos e mais exemplos de como se joga o verdadeiro e altruísta basquete.

Só que agora as coisas mudam de figura. Tim Duncan se foi, Tony Parker e Manu Ginóbili estão cada vez mais velhos e a garotada, com exceção de Kawhi Leonard, precisa aprender na marra que chegou a hora de comandar a franquia. E isso vale a partir de 2016/2017.

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Para essa temporada chegou basicamente Pau Gasol para ser o titular do pivô do San Antonio Spurs e formar um garrafão absurdamente técnico com LaMarcus Aldridge. Não sei se vocês já pensaram nisso, mas o espanhol é um privilegiado mesmo. Jogará, em sua carreira, para dois dos melhores treinadores da história da NBA – Gregg Popovich agora no Texas e há alguns anos para Phil Jackson, com quem conquistou dois títulos e chegou à duas finais no Lakers. O veterano David Lee e os novatos Davis Bertans e o ex-flamenguista Nicolas Laprovittola chegam muito mais para compor elenco e dar descanso aos titulares do que qualquer outra coisa.

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Sobre Nicolas Laprovittola creio que valha um parágrafo especial. Que história legal a do argentino, não acham? Começou em seu país-natal, ficou dois anos jogando no Flamengo, onde ganhou absolutamente tudo (Mundial, Liga das Américas, NBB etc.) e se tornou um dos maiores ídolos recentes da fanática torcida, e depois foi para a Europa jogar primeiro na Lituânia (Rytas) e depois na Espanha (Estudiantes). Após excelente Olimpíada do Rio de Janeiro não se sabia bem o que seria dele, mas veio um convite do Spurs para participar da pré-temporada e Laprovittola decidiu arriscar, mesmo sabendo que um corte, como o que aconteceu com seu hermano Patricio Garino, seria ruim para o seu reposicionamento na Europa. O agora camisa 27 do San Antonio foi aprovado, aprenderá muito com Gregg Popovich, Tony Parker e Patty Mills, e iniciará a sua trajetória na NBA em uma das melhores escolas de basquete do planeta.

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Outro nome que chama a atenção neste Spurs sem Duncan é o de LaMarcus Aldridge. Contratado na temporada passada como peça-chave de um San Antonio que estava se remontando já esperando as saídas de Duncan, Manu e Parker, Aldridge foi, sim, bem em seu campeonato de estreia dentro de um novo sistema. O que incomoda a ele, ainda, é que no Texas ele não é, e nunca será, o centro de todas as atenções como foi em Portland. Ano passado surgiram rumores. No começo desta pré-temporada, notícias. Sabe lá o que acontecerá, mas a gente sabe bem como funciona na Escola de Popovich. Ou se segue a cartilha direitinho ou é rua – e bem rápido. A grande vantagem, pra ele, é que todos na equipe sabem que para o time ir longe o camisa 12 e Kawhi Leonard são mais do que fundamentais.

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Vamos ver o primeiro momento do San Antonio sem Tim Duncan. Cada vez mais será o time de Kawhi Leonard, este projeto de cracaço que está ainda em formação (tem apenas 25 anos o camisa 2), e de LaMarcus Aldridge. Para a sorte deles, ainda estarão por lá para passar experiência nomes como Manu Ginóbili (último ano da carreira dele?) e Tony Parker.

Aparentemente o Spurs seguirá brigando no topo do Oeste, mas obviamente é uma fase de adaptação que o time irá passar. Foram 20 anos com Tim Duncan e por mais que ele esteja ao redor, com alguma função na diretoria, será muito diferente ouvir a escalação e não ter o camisa 21 por lá.

Campanha em 2015/2016: 67-15
Projeção para 2016/2017: Briga pelo título da NBA (entre 60 e 66 vitórias)
Olho em: Kawhi Leonard

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