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Bala na Cesta

Os 30 da NBA: No bom caminho, Pistons quer subir mais um degrau na temporada

Fábio Balassiano

07/10/2016 13h10

stan1Quando contratou Stan Van Gundy antes da temporada 2014/2015 da NBA o Detroit tinha uma coisa clara em mente: era preciso cavar fundo, rever os processos da franquia, construir uma base sólida em cima de diferentes personagens e mexer no elenco. Stan fez isso tudo. E o mais surpreendente: vencendo muito rápido.

Saltou de 32 em 14/15 para 44 vitórias em 2015/2016, levou os Pistons de volta ao playoff depois de sete anos. A primeira fase de seu trabalho, a de pavimentar um bom caminho, estava indo bem. Para 2016/2017, Van Gundy e o Detroit querem subir mais um degrau: vencer uma partida de pós-temporada depois de 8 anos (a última vez foi em 26 de maio de 2008) e quem sabe avançar de fase no mata-mata, algo que não ocorre também desde 2008.

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drummond1Se tinha ido bem na temporada passada, Van Gundy seguiu em ótima forma durante as férias. Renovou com Andre Drummond por 5 anos e US$ 130 milhões, manteve os outros quatro titulares em volta do pivô (Reggie Jackson, Kentavious Caldwell-Pope, Tobias Harris e Marcus Morris) e poderá manter a tática que deu muito certo quando ele era técnico do Orlando que foi à final da NBA em 2009 (escrevi disso há algum tempo aliás).

Se tem um quinteto titular que se encaixou muito bem no último campeonato mesmo com Tobias chegando no meio do certame, foi no banco que Van Gundy acertou em cheio nestas férias. Já estava lá o agora jogador de segundo ano Stanley Johnson, que está sendo preparado para assumir a posição três muito em breve. Chegaram do mercado os úteis Jon Leuer e Boban Marjanovic e do Draft Henry Ellenson, ala-pivô de Marquette, 19 anos, 2,11m e que tem um futuro imenso na liga. O garrafão está bem preenchido portanto. Não me empolgo muito com Ray McCallum e muito menos com Ish Smith, mas eles são melhores que o insosso Steve Blake e podem ser úteis no revezamento de Jackson e nas bolas de três, uma das deficiências da equipe na temporada 2015/2016. De todo modo, é pouco e as alas de fato não estão muito bem servidas no banco, não.

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reggie1Ainda falta um pouco de experiência ao Detroit, um dos poucos elencos da NBA que não possuem nenhum jogador acima dos 30 anos, algo incrível e que dá bem o bom do momento da franquia. Os Pistons têm contrato garantido com quatro de seus cinco titulares no mínimo até 2019 (a única exceção é Pope, que está fechando seu contrato de calouro no final do campeonato) e é com este núcleo que eles pretendem seguir evoluindo na liga. Se a ausência de "cabelos brancos" é notada, sobram potencial físico, técnica e muita vontade de crescer.

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tobias1O motivo disso também é simples. Com exceção de Andre Drummond e Pope, que nasceram, se desenvolveram e hoje são peças importantes da franquia, todos ali sabem o que é ser preterido pelos seus times. Tobias foi trocado pelo Orlando. O armador Reggie Jackson não cresceria no Thunder com Russell Westbrook. O bom ala Marcus Morris viu o Phoenix dar de ombros para ele.

O Detroit conta com isso a seu favor. É lá que todas essas peças se encontraram para mostrar que podem, juntos, jogar em alto nível na NBA. Agora, para os Pistons, é manter a evolução dos dois últimos anos e tentar enfim ganhar uma partida no próximo playoff. Se conseguir avançar de fase, melhor ainda para Stan Van Gundy e seus comandados. É um processo de reconstrução de franquia, elenco, time e identidade que tem dado gosto de ver.

Campanha em 2015/2016: 44-38
Projeção para 2016/2017: Vai pro Playoff (entre 45 e 51 vitórias).
Olho em: Reggie Jackson

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