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Os 30 da NBA: Com Dwight Howard e nova armação, Hawks entram em ano-chave

Fábio Balassiano

16/10/2016 00h24

Quando terminou a temporada passada sendo eliminado na segunda rodada de forma acachapante pela segunda vez seguida com um 4-0 do Cleveland o Atlanta sabia que precisaria rever alguns conceitos. O conceito ainda está lá, as peças ainda estavam lá, mas o time, com o conceito de time que está dentro da palavra, das 60 vitórias de 2015 havia sumido. Uma série de questões internas (da armação titular a possível saída de Al Horford) martelaram demais a equipe no campeonato. Era preciso mudar. E o Hawks mudou.

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Foi uma decisão difícil, mas Mike Budenholzer, técnico e gerente-geral ao mesmo tempo, trocou o armador titular Jeff Teague para abrir espaço para o crescimento de Dennis Schroder. O alemão de 23 anos está há três anos na franquia, aprendeu muito com Teague e aparentemente está pronto para assumir a titularidade da posição 1.

Se seu arremesso de fora ainda não é tão confiável assim (32% de conversão em 2015/2016), sua defesa é muito boa e sua velocidade é um trunfo que o Hawks poderá contar de agora em diante. Na temporada passada ele teve 11 pontos e 4,4 assistências em 20 minutos por jogo. Como titular, e com mais minutos, esses índices devem crescer muito. Com o experiente Jarrett Jack como reserva ele também deverá aprender horrores.

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A maior, porém, vem pro jogo interno do Atlanta. Como se esperava Al Horford saiu (foi pro Boston). A dúvida era quem trazer – e pagando quanto. O Hawks foi muito bem no mercado ao trazer Dwight Howard por US$ 70 milhões por três anos (um valor bem aceitável tendo em vista o novo teto salarial).

D12 está longe de ser um virtuoso ofensivo, mas é da cidade, sabe que precisa voltar a jogar em alto nível para de novo se recolocar entre os melhores pivôs da NBA. Se com Horford o Atlanta tinha força no ataque, com Howard a equipe ganha demais no lado defensivo, ponto que o brasileiro Tiago Splitter mencionou no Podcast BNC recentemente.

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O time titular, então, deve vir com Schroder, Kent Bazemore, Kyle Korver, Paul Millsap e Dwight Howard. Destes, Schroder, Korver e Millsap estão em último ano de contrato, o que SEMPRE gera uma individualização diferente para cada atleta.

No banco estarão Jack, Thabo Sefolosha e Tim Hardaway Jr. no perímetro, os calouros Taurean Prince (ala-pivô) e DeAndre' Bembry (ala), o brasileiro Tiago Splitter, Kris Humphries, Walter Tavares, Mike Muscala e Mike Scott no garrafão. Se não é fenomenal, dá pra dizer que é um elenco bem balanceado e recheado de boas opções para Budenholzer mexer taticamente.

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São dois novos titulares em um ano-chave para a franquia Hawks. Há um novo corpo de sócios, que compraram a franquia recentemente e tentam colocar o empreendimento em outro patamar. São inúmeros jogadores entrando em último ano de contrato (além dos citados titulares há o próprio brasileiro Tiago Splitter, Humphries, Scott, Sefolosha, Jarrett Jack e Mike Muscala). E uma vontade louca de voltar a figurar na final do Leste como foi dois anos atrás contra o Cleveland, de LeBron James.

A (boa) liderança (se conseguir, claro) de Dwight Howard será fundamental. O crescimento de Dennis Schroder, também. Como acomodar tantas boas peças que quererão e precisarão de espaços, o maior desafio de Mike Budenholzer. Não será fácil, mas creio que o Hawks fará ótimo papel nesta temporada e será candidato a avançar pesado no playoff do Leste.

Campanha em 2015/2016: 48-34
Projeção para 2016/2017: Vai pro Playoff (entre 50 e 55 vitórias).
Olho em: Dennis Schroder

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