Os 30 da NBA: Clippers tentam ir longe na 'última dança' deste núcleo

Quando o Clippers contratou Doc Rivers na temporada 2013/2014 o senso-comum dizia que diante de um grupo tão talentoso só faltava um técnico qualificado, como é Doc Rivers, para o primo-pobre de Los Angeles tomar de vez a cidade e ir longe na NBA.

Três anos se passaram e a verdade é que os Clippers venceram apenas duas séries de playoff no período, sequer foram à final do Oeste e entram no campeonato de 2016/2017 pra lá de pressionados. Caso não vá longe, provavelmente esta será a 'última dança' do núcleo formado por Chris Paul, Blake Griffin, JJ Redick e DeAndre Jordan juntos.

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E isso se explica muito pelo que Chris Paul disse recentemente no Podcast de seu companheiro JJ Redick no The Vertical. Segundo CP3, todo time tem uma 'janela' para vencer, chegar longe, se estabelecer como grande na NBA. A do Clippers se abriu três anos atrás, mas está se fechando. Eu sei que isso é uma comparação fria demais, principalmente porque na temporada passada Blake Griffin e Paul, as duas principais estrelas da companhia, se machucaram na série inicial do playoff contra o Portland Trail Blazers, mas em 2011/2012 o time que era comandado por Vinny Del Negro, que está longe de ser considerado um técnico virtuoso, chegou à mesma fase que o melhor desempenho de Doc Rivers neste período em que Doc está à frente da equipe – semifinal de conferência.

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É óbvio que junto da pressão, das declarações e dos anseios surgem os rumores. Alguns deles têm fundamentos. Chris Paul e Blake Griffin podem se tornar agentes-livres se quiserem ao final do campeonato. JJ Redick, por sua vez, está realmente em último ano de contrato e pode sair. CP3 e Blake receberiam, respectivamente, US$ 24 e US$ 21 milhões, respectivamente, em 2017/2018, e todos sabemos que com este novo teto salarial os montantes deles podem chegar facilmente a US$ 30 milhões. Caso as coisas corram bem em Los Angeles é possível que eles fiquem por lá. Caso não, o mercado virá babando para tentar fisgar duas peças de alto nível. Como será que o time inteiro lidará com o tema durante todo campeonato?

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Independente disso tudo, que não é pouco, claro, mais uma vez o Clippers se reforçou muitíssimo bem. Trouxe Raymond Felton para ser o reserva de Chris Paul, o bom ala-armador Alan Anderson para ser outra arma nos tiros exteriores e na defesa de perímetro, o calouro Brice Johnson (foto) para ir aprendendo com Blake Griffin na ala-pivô e os sempre úteis Brandon Bass e Marreese Speights para revezar com Blake e DeAndre Jordan no garrafão. Se ano passado o banco de reservas era muito franco, nesta temporada é elogiável o esforço da diretoria da franquia em colocar um elenco bem consistente para enfrentar a temporada. O time titular será Chris Paul, JJ Redick, Luc Richard Mbah a Moute, Blake Griffin e DeAndre Jordan, com os suplentes sendo formados por Felton, Jamal Crawford, Austin Rivers, Paul Pierce, que entra no último ano de sua carreira, Anderson, Bass, Johnson e Speights. Como dinheiro não é problema para o proprietário Steve Ballmer, pagar US$ 115 milhões em salários, o quarto maior valor de toda liga, não preocupa tanto assim o cara.

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Se disputar com uma potência como o San Antonio Spurs de igual para igual me parece bastante plausível, o problema para o Los Angeles Clippers é que no Oeste está simplesmente o Golden State Warriors de Steph Curry, Klay Thompson, Draymond Green e novo entrante Kevin Durant, aquele rapaz que pode fazer 30 pontos por jogo com uma facilidade incrível.

Temo que um núcleo absurdamente talentoso possa ser desfeito sem ter conseguido os resultados que dele se esperava em caso de uma (bem provável) eliminação ainda nos playoffs da conferência. Chris Paul, considerado um dos melhores armadores de sua geração, está cansado de perder. Ele mesmo já disse isso. Só não sei se ele se fartará de ganhar neste Clippers que terá Spurs e Warriors a desafiá-lo no Oeste.

Campanha em 2015/2016: 53-29
Projeção para 2016/2017: Briga pelo título do Oeste (entre 58 e 63 vitórias).
Olho em: Chris Paul