Na última chance da geração, seleção masculina tenta acabar com jejum de 52 anos
Chegou a hora para a seleção masculina. A partir das 14h15 o time comandado por Rubén Magnano estreia na Olimpíada do Rio de Janeiro contra a Lituânia na Arena Carioca 1 tentando, no último suspiro dessa geração, ganhar uma medalha em uma competição importante. Mais do que isso: sem subir ao pódio desde Tóquio-1964, quando foi bronze (derradeiro ato da inesquecível dupla Amaury Pasos e Wlamir Marques), os rapazes lutam para acabar com um incômodo jejum olímpico que já dura 52 anos.
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E por que falo em última chance dessa geração de marcar o nome na história? Porque este núcleo formado por Nenê, Leandrinho Huertas, Marquinhos, Alex, Giovannoni, Splitter e Varejão (estes dois últimos por lesão não estarão no Rio-2016) já é bastante veterano, com todos já passando dos 30 anos. É impossível dizer quem fica, quem sai para o próximo ciclo, mas é seguro dizer que grande parte deles não conseguirá chegar aos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2018. Apesar dos bons desempenhos nos Mundiais de 2010 e 2014 e na Olimpíada de 2012, este elenco, que sofreu tanto nas mãos das gestões horrorosas de Grego e Carlos Nunes, sabe que no final das contas só tem mais esta chance mesmo para conquistar uma medalha em um torneio de basquete Classe A como protagonistas. Do contrário, a geração brasileira que foi considerada a mais talentosa de todos os tempos não terá nenhuma conquista relevante para contar.
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Outro ponto interessante, e já abordado neste espaço, é que pela primeira vez 9 dos 12 atletas da seleção brasileira estarão jogando uma competição internacional adulta oficial. Presentes no Pan-Americano de 2007, Huertas, Marquinhos e Alex (que na verdade estava no grupo, mas lesionado não atuou) são os únicos a terem sentido o gostinho de atuar com a torcida a favor. O lado psicológico, que nos últimos tempos sempre jogou contra a seleção brasileira, pode pesar e pelo que Magnano falou isso tem sido trabalhado com a psicóloga Samia Hallage, o que é uma ótima iniciativa.
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Na quadra, minha aposta fica nos nomes de Nenê e Raulzinho. O primeiro é veterano e tem tudo para fechar positivamente a relação com a torcida brasileira depois de momentos turbulentos. Raulzinho é jovem, vai pra sua segunda Olimpíada, será reserva de Marcelinho Huertas e pode se beneficiar disso ao comandar a segunda unidade com todo espaço e liberdade. Para ir longe, mais do que deles o técnico Rubén Magnano precisará que o nível de intensidade de todo elenco esteja altíssimo nos 40 minutos. Em um grupo tão encrespado, cinco minutos de apagão técnico ou psicológico pode ser crucial para o resultado final da seleção.
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Meu pódio olímpico no masculino: EUA, França e Brasil. E você, aposta no quê? Comente você também. Desejo sorte aos rapazes. Eles (os atletas e a comissão técnica) merecem muito. Muito é muito mesmo.
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