Desfalcado e 'cru', EUA busca terceiro ouro seguido na despedida de Coach K

É um título forte, né? Mas a verdade é que este time norte-americano que chega para o Rio-2016 é olimpicamente cru. Dez dos 12 atletas que jogarão no Rio-2016 farão a sua estreia nos Jogos Olímpicos (apenas Carmelo Anthony e Kevin Durant são exceções), sendo o de 2016 o elenco menos experiente desde 2004. Nomes de peso como LeBron James, Steph Curry e Kawhi Leonard tampouco estarão aqui (pediram dispensa).

O torneio também marca a despedida de Mike Krzyzewski, o Coach K, do comando dos EUA. Após três ciclos olímpicos seguidos e apenas uma derrota (na semifinal do Mundial de 2006, no Japão, contra a Grécia), ele será substituído por Gregg Popovich, do San Antonio Spurs, tão logo termine a Olimpíada.

Nesta jovem seleção americana, por mais que Kevin Durant seja disparado o melhor jogador, um nome chama atenção: Carmelo Anthony. Ele irá jogar a sua quarta Olimpíada (um bronze em 2004 e dois ouros em 2008 e 2012) e poderá se tornar o primeiro jogador da história do basquete masculino a obter três medalhas douradas. Se não tem um currículo tão pesado assim na NBA (nunca jogou uma final da liga, por exemplo), com a equipe nacional ele não tem do que reclamar. Aos 32 anos, ele chega para liderar o elenco e ser a voz da experiência de Coach K em quadra. No Rio de Janeiro ele se tornará o atleta que mais vezes vestiu a camisa dos EUA em Olimpíadas e provavelmente também o que mais pontuou (está a 35 pontos disso) pelo seu país.

Sobre as demais seleções, é clichê dizer isso, mas é totalmente real. No basquete, entre o segundo e o décimo colocados a distância é mínima, muito pequena mesmo. A presença de 47 jogadores da NBA (de 24 times) evidencia isso. Hoje em dia quase todo mundo joga basquete em alto nível. Quase todos possuem atletas espalhados nas melhores ligas do planeta. Qualquer descuido, qualquer dia ruim e a chance de chegar a medalha vai pro ralo. No grupo dos EUA, creio que avancem com os norte-americanos França, Sérvia e Austrália. Ali não há muita dúvida (apenas para saber se sérvios ou franceses passam na segunda posição).

Já na chave brasileira é impossível prever qualquer coisa. Creio que de fato a Nigéria esteja um degrau abaixo, com Brasil, Lituânia, Espanha, Argentina (olho nos hermanos!!!!) e Croácia disputando da primeira a quarta posições em total igualdade. Obviamente ninguém do grupo do Brasil "pode" passar em quarto lugar, pois isso significa pegar logo de cara no mata-mata os EUA. O problema é que . Também é clichê, bastante até, mas quem quiser dormir mais tranquilo antes das quartas-de-final deve mesmo ficar em primeiro lugar do grupo para provavelmente pegar a Austrália, derrotada facilmente por brasileiros e lituanos recentemente no torneio internacional de Mogi.

O palpite sobre o pódio olímpico masculino será divulgado no domingo. Por enquanto vale pensar: será que a falta de experiência dos EUA vai pesar na hora olímpica? Ou mais um título olímpico virá para os norte-americanos?