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Os 30 da NBA: Forte no perímetro, Blazers quer mostrar que não é mais surpresa

Fábio Balassiano

08/10/2016 06h20

No começo da temporada passada o Portland Trail Blazers era visto como um time que entraria no famoso rebuild (reconstrução). LaMarcus Aldridge, Nicolas Batum, Robin Lopez e Wesley Matthews, quatro dos cinco titulares, saíram da equipe e ninguém no Oregon sabia exatamente o que ia acontecer. Mas aconteceu. Damian Lillard jogou fenomenalmente (25,1 pontos, 6,8 assistências 4 rebotes/jogo – na foto), CJ McCollum assumiu a posição 2 com maestria (20,8 pontos de média) e Al-Farouq Aminu, Mo Harkless, Ed Davis, Meyers Leonard e Mason Plumlee foram muito bem como peças de apoio. O resultado? Foram 44 vitórias, vaga no playoff, vitória contra o Clippers na série da primeira rodada e fim de linha apenas contra o Golden State Warriors. Sem dúvida alguma uma campanha surpreendente, mas e para a temporada 2016/2017, o que esperar do Blazers?

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No perímetro só há notícia boa. Mostrando ser uma das melhores franquias no desenvolvimento de atletas, o Blazers continuará tendo as "pratas da casa" Lillard, McCollum e Allen Crabbe, que teve seu contrato renovado por US$ 75 milhões pelos próximos quatro anos após o Nets despejar a mesma proposta pelo jovem de 24 anos que teve 10,3 pontos de média em 2015/2016. As novidades animadas não param por aí. O Portland foi buscar Evan Turner em Boston para reforçar a rotação nas alas e também Shabazz Napier no Orlando para ser o reserva imediato na armação. Há juventude, potencial físico e heterogeneidade suficiente para fazer o ótimo técnico Terry Stotts armar diferentes combinações.

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Para o Portland, porém, a dificuldade continuará a ser pontuar com alas e pivôs, algo que foi muito crítico na temporada passada. É óbvio que em alguns momentos Turner, McCollum e Crabbe poderão jogar na posição 3, mas quando a gente olha pro elenco não dá pra se empolgar demais com as armas "naturais", não.

Aminu, o ala nigeriano de excepcional físico, é muito bom na defesa, melhorou no ataque, mas não é um virtuoso que consiga criar seus arremessos com facilidade. Mo Harkless, errático. Ed Davis e Noah Vonleh, não mais que razoáveis. Perto da cesta há o recém-chegado Festus Ezeli do Golden State Warriors, além do regular Mason Plumlee e do técnico Meyers Leonard. Nenhum dos citados neste parágrafo parece ser capaz de sair do campeonato com 15/20 pontos por jogo.

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Mais do que nunca devido ao elenco completamente desbalanceado a capacidade de armação de jogo do técnico Terry Stotts será testada. Camaleônico, Stotts vai para a sua quinta temporada no Blazers treinando na prática o seu terceiro Blazers distinto. Depois das vagas gordas, a temporada passada foi de vaquinhas magras em formação e em entrosamento e a de agora servirá para provar que o que ocorreu em 2015/2016 foi uma surpresa que não irá se repetir. Tirará o treinador outro coelho da cartola?

Está muito claro, e é até bem justo que seja assim, que a franquia de Portland irá construir as suas bases em cima de Damian Lillard e CJ McCollum. São dois jovens talentosos e "incendiários" no perímetro. Mas a simples escolha destes dois como a cara da franquia mostra que o Blazers não possui sequer uma face importante e confiável perto da cesta. Para mostrar que não foi um conto de sorte no campeonato passado a turma de Oregon vai precisar se redobrar. O foco estará em cima deles desde o início do certame.

Acredito bastante nas evoluções individuais principalmente dos jogadores mais jovens do elenco, mas não sei bem se o Portland conseguirá repetir nem a quantidade de vitórias e muito menos o desempenho acima do esperado no mata-mata passado no campeonato que está por vir. Pode ser que as 44 vitórias de 2015/2016 acostumaram mal o torcedor, dando uma impressão errada de uma galera que ainda estava se formando como time.

Campanha em 2015/2016: 44-38
Projeção para 2016/2017: Briga por Playoff (entre 42 e 48 vitórias).
Olho em: Damian Lillard

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