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Bala na Cesta

Vale a pena ficar de olho - quem são os novatos que prometem se destacar na NBA a partir de amanhã?

Fábio Balassiano

15/10/2018 01h00

Divulgação / NBA

A temporada 2018/2019 da NBA começa amanhã e você leu aqui análises e detalhes das conferências Leste e Oeste. Hoje é a vez de conhecer quem são os calouros que saíram da turma do Draft de 2018 que podem ter um impacto gigantesco na liga a partir deste campeonato. Selecionei os cinco que prometem dar o que falar a partir desta terça-feira. Vamos lá.

1) Luka Doncic (Dallas Mavs) – O armador esloveno de 19 anos chega ao Dallas credenciado pelos dois últimos excepcionais anos no gigantesco Real Madrid (MVP e campeão da Euroliga, só isso…). Selecionado na terceira posição pelo Atlanta Hawks e logo trocado para o Texas (um dia ainda entenderemos isso…), ele já jogará como titular ao lado do agora segundanista Dennis Smith Jr. nesta que tem tudo para ser uma das mais explosivas armações da NBA. Doncic tem técnica refinada, bom arremesso, visão de jogo acima do normal, bom porte físico para seus 2,01m de altura e um senso coletivo acima da média. Vai aprender demais com o alemão Dirk Nowitzki, com o técnico Rick Carlisle e se aproveitar que a franquia aparentemente quer brigar, já, pelas últimas posições do Oeste no playoff. Suas atuações na pré-temporada encheram os olhos de todo mundo.

2) Deandre Ayton (Phoenix Suns) – Selecionado na primeira posição, Ayton, de 20 anos e 2,13m, jogará no mesmo Estado onde brilhou por Arizona na NCAA. A diferença é que no Phoenix Suns ele sentirá uma pressão descomunal desde o primeiro dia. A franquia demitiu o gerente-geral na semana passada, o dono diz que quer ganhar a partir de agora e Devin Booker, a estrela da companhia, já disse que quer jogar em playoff o quanto antes. O camisa 22 do Suns tem uma força física descomunal, bom arremesso, mas a dúvida é como seu jogo que tinha tanto eco no basquete universitário encontrará espaço em uma NBA que quase não abre mais espaço para pivôs gigantes como ele é.

3) Trae Young (Atlanta Hawks) – Com um jogo muito parecido com o de Steph Curry no College, Trae começa na NBA não só para conseguir seus números e ter boas performances mas também para ajudar a revitalizar a franquia Hawks, totalmente remodelada depois da última temporada. Com 20 anos e 1,88m, o rapaz que irá vestir a camisa 11 do Atlanta terá a companhia do veterano Vince Carter, com quem pode aprender demais, e sabe que tem a carta branca do técnico Lloyd Pierce para fazer o que quiser em quadra – tentar, passar, errar, arremessar, arremessar, arremessar e arremessar. A comparação com Steph Curry é praticamente inevitável, porém injusta porque Young é, com o perdão do trocadilho, jovem pra caramba e ainda em curva ascendente. O que talvez lhe falte, ainda, é um pouco mais de velocidade em sua mecânica de arremesso – que pode ser um pouco lenta pros padrões da NBA.

4) Collin Sexton (Cleveland Cavs) – Está aí alguém que pode dizer que não teve tanta sorte assim na vida. Ótimo armador físico de Alabama, Sexton chegou a Ohio na esperança de ter LeBron James como companheiro de time e brigar, de cara, por jogar em final da NBA. Pra azar dele, LeBron anunciou que não ficaria no Cavs dias depois do Draft e o calouro ficou com a chave da franquia para, ao lado de Kevin Love, liderar um agora totalmente incógnita Cleveland na temporada. Pode ser que ele comece no banco, já que George Hill ainda está por lá, mas tempo de quadra com o técnico Ty Lue ele deve ter. Suas médias em Alabama (19,2 pontos em menos de 30 minutos por partida) foram bem boas e creio que sua transição para a NBA nem seja tão difícil assim.

5) Jaren Jackson Jr (Memphis Grizzlies) – Para sorte ou azar de Jaren, ele está, entre os cinco citados, na franquia mais errática da NBA na atualidade. Se o Hawks entrou em reconstrução, o Memphis não sabe em que situação está. Possui dois veteranos excelentes (Mike Conley e Marc Gasol), mas nenhuma boa peça jovem para rodeá-los. Filho do ex-jogador da NBA Jaren Jackson, o ala-pivô de 19 anos e 2,11m teve passagem por todas as seleções de base nos EUA, jogou muitíssimo bem por Michigan State apesar da baixa média de pontos (11,1) e tem tudo para, com seu jogo sólido perto da cesta e um arsenal que tem começado a ganhar os arremessos longos, se encaixar rapidamente como ala titular do Grizzlies. Se não verá muitas vitórias na temporada, dá pra esperar Jackson por 30/35 minutos por partida em quadra.

Faltou alguém? Sinceramente acho que o prêmio de Calouro do Ano deve ficar com um destes cinco. Comente você também!

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