Os 30 da NBA: Por Paul George, Pacers se reforçam para lutar pelo título do Leste
Larry Bird, gerente-geral do Pacers, cansou de esperar. Depois de chegar com o seu Indiana às finais do Leste em 2013 e 2014, viu a franquia dar uma derrapada com a lesão de Paul George antes da temporada 2014/2015 e perder um pouco de tração no campeonato passado. Ciente de que os melhores anos de George estão em voga e que o contrato dele pode ser encerrado ao final de 2017/2018, não restou alternativa ao manda-chuva se não abrir a caixa de ferramentas e contratar meio mundo para cercar o seu craque com peças de bom valor.
Por isso chegaram Jeff Teague e Aaron Brooks para a armação, o calouro Georges Niang e o útil Jeremy Evans para a ala, e Thaddeus Young, Al Jefferson e Kevin Seraphin para o pivô. Além de George, ficaram em Indianápolis Monta Ellis, que deve continuar como titular da posição 2, Myles Turner, o ala-pivô valioso que entrará em seu segundo ano, CJ Miles, Glen Robinson III e Rodney Stuckey.
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Antes de entrar no elenco, vale falar do único movimento que eu não conseguir compreender. Sei que Bird estava tentando argumentar com Frank Vogel, o agora ex-técnico da franquia, que o estilo de jogo mais travado do Indiana não estava lhe agradando. O gerente-geral quase que exigiu que Paul George começasse a temporada passada jogando como ala-pivô, como que emulando a Draymond Green, do Warriors, mas nem George gostou da ideia e nem o funcionamento do time estava satisfatório. Vogel mudou, trouxe PG13 para a sua real posição (de ala, com menos contato dentro do garrafão) e os Pacers chegaram aos playoffs. Mas Bird não gostou e no final do certame demitiu o técnico que tirou um time que não ia ao playoff desde 2006 para colocá-lo entre os melhores de sua conferência por campeonatos seguidos.
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No lugar de Vogel assumiu Nate McMillan, assistente na franquia nos últimos quatro anos. Fico imaginando como foi a entrevista de emprego dele com Larry Bird. Nate sabia exatamente o que o chefe queria (velocidade no setor ofensivo, ataque mais fluído e um jogo de contra-ataque mais enfurecido), né? Consigo imaginar o cara chegando na sala e na primeira pergunta respondendo: "Olha, minha ideia é tentar fazer o máximo de coisas que o Golden State Warriors faz com o elenco que temos. Correr, acelerar o ataque e chutar mais de três pontos". Bird sorri (no modo Bird de ser) e diz: "O emprego é seu". É óbvio que estou exagerando, mas o fato é que Frank Vogel é MUITO mais treinador de basquete que McMillan, que passou sem grande brilho por Seattle (saudades, Sonics!) e Portland entre 2000 e 2012. Neste período foi ao playoff apenas cinco vezes e ganhou apenas uma série de pós-temporada com o Sonics em 2005. Não me pareceu uma escolha tão acertada assim, mas obviamente o craque do Boston Celtics da década de 80 entende muito mais de basquete do que eu, né?
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Dentro de quadra estou curioso para ver como este Indiana irá funcionar. Na pré-temporada McMillan tem armado a equipe com Jeff Teague, que chega para dar mais velocidade e pode de fogo ao ataque (saiu George Hill), Monta Ellis, Paul George, Thaddeus Young e Kevin Seraphin. É um quinteto leve, rápido, que pode espaçar e correr bem a quadra, com bons chutadores de três pontos nas quatro posições e com um pivô com mobilidade para fazer corta-luzes e defender. Do banco estarão saindo Joe Young, Stuckey e Brooks para a armação, Glen Robinson, CJ Miles e Evans para a rotação nas alas, e Turner, Niang e Al Jefferson para o jogo interno. Não sei se gosto muito da ideia de Jefferson vindo como reserva, mas entendo a opção de dar um reforço à segunda unidade e também de não colocar tanta pressão no camisa 7, que terminou não muito bem a sua vida profissional em Charlotte.
Gostei dos movimentos de Larry Bird nestas férias. Com exceção da demissão de Vogel, ele foi cirúrgico em trocas, contratações e dispensas, deu a Paul George boas peças de apoio e aposta suas fichas que um bom campeonato em 16/17 fará com que estrela prorrogue o contrato com a franquia.
Com elenco qualificado, é real pensar que os Pacers não virão apenas para chegar aos playoffs. Se falta alguém do nível de Paul George, em um Leste que tem apenas o Cleveland de timaço é possível, sim, sonhar em chegar longe.
Campanha em 2015/2016: 45-37
Projeção para 2016/2017: Vai pro Playoff (entre 49 e 55 vitórias).
Olho em: Paul George
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