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Bala na Cesta

Correspondente BNC: Pinheiros leva melhor nos segundos finais e interrompe ascensão cearense

Fábio Balassiano

13/01/2013 11h49

Por Thiago Gonçalves, direto de Fortaleza (CE)

Estaria mentindo se dissesse que foi mais um típico dia de jogo no ginásio da Unifor. Não, não foi. Primeira vez que houve transmissão de tv em Fortaleza e, por isso, alguns ajustes foram feitos e outras novidades foram acrescentadas.

No jogo deste último sábado o SKY/Basquete Cearense estreou seu grupo de cheerleaders formado por 8 dançarinas, além do mascote que nada mais é um Sol, em relação à terra do sol (Fortaleza). Logo na entrada, camisas vermelhas da SKY eram distribuidas para o público juntamente com bastões infláveis da, o que fez com que o barulho fosse ainda maior nos momentos de pressão que a torcida colocava nos visitantes.

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O público não chegou a ser divulgado, mas no "olhômetro" foi um dos maiores do time cearense no torneio, quiçá o maior. Pode não ter sido o maior, mas certamente o melhor em agito e animação. A torcida deu um show, mas para ela lamentalvemente o time perdeu do Pinheiros.

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O Basquete Cearense esteve na frente do placar durante todo o confronto, mas não conseguiu segurar a vantagem e perdeu para o Pinheiros por apenas um ponto com cesta restando apenas 11 segundos no relógio: 84-85. Assim, a equipe nordestina viu quebrada a sequencia de três vitórias e perdeu a chance de subir na tabela, quando poderia igualar a campanha do adversário e se aproximar do G4. Já a equipe paulista segue em bom ritmo com 3 vitórias seguidas, sendo 2 fora de casa e firme na busca pelas primeiras posições.

Destaque para Paulinho (22 pontos e 4 assistências) ao lado do paraguaio Araújo (17 pontos e 5 rebotes) pelo Pinheiros. No lado do Basquete Cearense, Felipe (17 pontos e 12 rebotes) e Matheus (16 pontos, 6 rebotes e 6 assistências) foram os melhores.

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No 1º quarto, a equipe mandante começou empolgada e abriu logo 14×6, resultando em parada técnica do Cláudio Mortari. Com uma forte defesa e bom giro ofensivo permitindo chutes de jogadores abertos livres, o BC acabou na frente liderando por 11 pontos (25×14). Do 2º quarto em diante, o Pinheiros mostrou porque tinha o melhor ataque da liga (91,5 por jogo). Foi forçando o jogo com Paulinho e Joe Smith que os paulistas venceram por 24×21,cortando diferença para 8 antes do intervalo.

O terceiro quarto começou da mesma forma que acabou o segundo. Muito equilibrio com uma leve superioridade do Pinheiros. Pouco a pouco a equipe paulista diminuía a vantagem e preocupava a torcida presente no Ginásio da Unifor. Destaque para o pivô paraguaio Araújo, que cresceu mais no jogo a partir do segundo tempo. O último quarto começou com o Pinheiros indo com tudo para tentar reverter o marcador. Anotou cinco pontos logo no início do período e chegou a igualdade no placar (69×69), sendo este o único momento em que a equipe paulista não esteve atrás no placar depois do 0x0 até conseguir a virada no fim.

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Porém, com bola de 3 do Rafael Mineiro e uma bandeja de Márcio Dornelles proveniente de um roubo de bola no meio da quadra após marcação por pressão, os visitantes anotaram 85×84 e seguraram o último ataque cearense para vencerem.

Declarações:
Matheus comentou sobre o duro revés: "Não vai abater a gente de maneira alguma. Pela maneira que nós jogamos, o jogo inteiro a gente tava na frente, acho que no final não soubemos aproveitar as segundas chances que tivemos e eles aproveitaram. Nossa equipe está bem, focada pras próximas 3 partidas. Já Rogério acrescentou: "A gente luta pra conseguir um ritmo melhor, a equipe vem melhorando. Hoje foi um pecado. Foi falta na minha opinião (sobre os 2 últimos lances da partida em que a arbitragem deixou o jogo correr), mas são coisas do jogo. Basquete é assim, mas vamos levantar a cabeça que tem muita competição pela frente. Vamos manter o foco."

Felipe comentando sobre o bom jogo e o polêmico lance de arbitragem: "A gente batalhou, foi dificil, mas a gente está orgulhoso. O Pinheiros é uma grande equipe. Sabemos que o nosso time é competitivo. Eu trocaria todos os meus pontos por aquela cesta no final. Preferia passar os 40 minutos no banco e entrar só para colocar aquela bola dentro da cesta", afirmou o ala, que descansou apenas 4 minutos na partida inteira.

Opinião
Foi um belo jogo, e Cláudio Mortari foi muito bem não colocando defesa por zona, já sabendo das últimas atuações do adversário contra esse tipo de defesa e a deixou na individual. O time paulista soube corrigir os erros do primeiro quarto e isso ficou nítido no último período com o Basquete Cearense tendo dificuldade no perímetro onde sofreu boa marcação nessa região tendo alguns chutes forçados. Mortari também sacou a estrela do time nos minutos finais quando o seu time era atacado, pois a marcação do Paulinho estava deficiente. O garoto Lucas Dias entrou bem pra ajudar nos rebotes e na defesa com a sua ótima altura. Outro que mereceu elogios foi Rafael Mineiro, tanto em baixo da cesta quanto chutando de 3.

Pelo lado do time derrotado, confesso que não entendi Alberto Bial não ter colocado Schneider no 2º tempo já que este havia entrado bem, dando conta do recado nos chutes de longa distância. Merece destaque o número de rebotes, foram 40 contra 20 de Pinheiros, sendo 13 ofensivos contra apenas 2 do adversário,algo inusitado para o padrão da equipe cearense que costuma perder nesse critério. O jogo coletivo e a boa intensidade defensiva seguem sendo o ponto forte da equipe nordestina.

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