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Bala na Cesta

O mês de março dos brasileiros - Tiago Splitter voltou e Nenê segue brilhando

Fábio Balassiano

11/04/2017 13h33

Não foi um mês tranquilo para os brasileiros na NBA, não. A grande notícia ficou com a volta de Tiago Splitter, que no final de março finalmente estreou na temporada 2016/2017 pelo Philadelphia 76ers. Outro que foi muito bem foi Nenê, que segue em ótima fase pelo Houston Rockets. Vamos a análise e números deles.

O MARÇO DE 2017 DOS BRASILEIROS

ACUMULADO DA TEMPORADA 2016/2017

Fevereiro/2017 , Janeiro/2017 , Dezembro/2016 e Novembro/2016

a) Anderson Varejão -> O brasileiro segue sem time. No começo deste mês surgiu um rumor de que o Cleveland teria interesse em contratá-lo para os playoffs, mas ainda nada de concreto.

b) Bruno Caboclo -> Caboclo não teve nenhuma partida na NBA e seu rendimento caiu muito na D-League. Em que pese ele ter jogado 7 partidas pelo Toronto 905, sua média não chegou a 10 pontos (ficou em 9,8). O lado bom é que em todas as pelejas ele esteve em quadra por 20 ou mais minutos. Aparentemente poderemos ter uma visão mais assertiva sobre o desenvolvimento de Bruno apenas na temporada 2017/2018 mesmo.

c) Cristiano Felício -> Felício vinha tendo mais um bom mês, com atuações seguras como a contra o Boston (10 pontos e 4 rebotes em 20 minutos), mas se machucou na partida contra o Toronto Raptors no dia 21 de março. Teve problema nas costas e só retornou na primeira semana de abril. Para azar dele, o francês Joffrey Lauvergne, que estava atrás dele na rotação dos pivôs, jogou bem na ausência do pivô brasileiro.

d) Leandrinho -> O ala do Phoenix teve três das quatro primeiras partidas de março com 10 ou mais pontos, mas depois só foi atingir a marca entre os dias 21 e 24 do mês. Desde o dia 26 de março ele não atua devido a uma lesão muscular.

e) Lucas Bebê -> Conforme previa, o tempo de quadra do pivô brasileiro ficou diminuto com as chegadas de Serge Ibaka e PJ Tucker, jogadores que fazem muito bem a rotação de garrafão do Raptors junto de Jonas Valanciunas e Patrick Patterson. De todo modo, confesso que não imaginava que a queda seria tão brusca assim. Não sei até que ponto o lado psicológico de Bebê tem influenciado para que a redução de minutos tenha se acentuado, mas o fato é que a vida dele não tem sido nada fácil no Canadá desde o All-Star Game, não.

f) Marcelinho Huertas -> Tal qual Varejão, está sem time na NBA. Aparentemente é improvável que ele consiga alguma franquia para jogar os playoffs.

g) Nenê -> Segue sendo o melhor brasileiro na NBA e com uma temporada brilhante. Tem evoluído assustadoramente com o Houston Rockets, fechando os jogos e em muitas ocasiões sendo uma ótima arma ofensiva dentro do garrafão. Das 12 partidas de março, em 7 ele obteve dígitos duplos. Contra o Thunder, no dia 26, fez um jogo estupendo com 17 pontos, 4 rebotes e 3 assistências. Nenê foi contratado para ajudar o Rockets com sua experiência e seu talento. Tem valido cada centavo que a franquia investiu nele.

h) Raulzinho -> O mês melhorou um pouco para Raulzinho. O tempo de quadra aumentou, seu rendimento também e ele mostrou algumas qualidades que ainda não tinham sido vistas – principalmente no lado defensivo. Tem sido usado sistematicamente como reserva de George Hill e aproveitado bastante o seu espaço. Em seis vezes jogou mais de 10 minutos e em quase todas elas muito bem. Contra o Knicks ele teve 10 pontos e na noite seguinte, contra o Clippers, quatro assistências. O começo da temporada não foi bom, mas o final tem sido bem razoável para o armador, que irá jogar os playoffs pela primeira vez em sua vida.

i) Tiago Splitter -> Chegou a vez de Tiago Splitter estrear. E estrear chamando a atenção dentro e fora de quadra. Usando um chamativo bigode o brasileiro voltou de lesão no quadril para atuar pelo Philadelphia 76ers, que tem lhe dado espaço para que ele termine o campeonato jogando. Foram 7 minutos no dia 28 de março contra o Bucks e 8 contra o Cleveland, quando inclusive matou uma bola de três pontos e fez cinco pontos. Pena que faltam poucos jogos para acabar a fase regular, porque aos poucos seu tempo de quadra e suas performances têm melhorado.

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