O que esperar dos brasileiros na próxima temporada da NBA?
Fábio Balassiano
08/10/2019 06h01
Reprodução Instagram
A temporada 2019/2020 da NBA começa no dia 22 de outubro e como sempre esse blog faz chegou a hora de analisar os brasileiros. Assim como nos últimos anos serão quatro jogadores do país na melhor liga de basquete do mundo, mas nenhum deles com papel de destaque. Vamos lá:
NENÊ -> Esse cara merece um prêmio, essa é a realidade. A média de anos de um atleta na NBA é de 3,5 de acordo com estudos recentes. Nenê está na liga desde 2002/2003. Um fenômeno, não há a menor dúvida. Ele entra nesta que provavelmente é a sua última temporada como atleta profissional mais uma vez como peça de rotação do favorito (James Harden e Russell Westbrook juntos) Houston Rockets, para ser o mentor do jovem Clint Capela no pivô e para dar uma apaziguada no sempre agitado vestiário texano. Aos 37 anos, ele já tem 965 partidas de fase regular e poderá chegar a incrível marca de 1.000 duelos jogados na NBA, marca para muito poucos. Se despedir com um anel de campeão é um sonho que Nenê ainda nutre.
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BRUNO CABOCLO -> É meio louco dizer isso de um cara de 24 anos, mas Bruno Caboclo renasceu para o basquete, e para a NBA, na temporada passada, quando assinou primeiro contratos de 10 dias e depois uma extensão para o final do campeonato e para a temporada deste ano. Ele está em um time completamente em reconstrução (o Memphis Grizzlies), em ano de contrato (ou seja, em 2020/2021 não há nada, ainda, na mesa), precisando de tempo de quadra e mostrar regularidade para permanecer na liga. Mais maduro, sempre defendendo bem, em uma franquia sem pressão alguma e mais confiante para matar suas bolas de três ele pode ser uma das gratas revelações desta temporada. Vale ficar de olho.
RAULZINHO -> Aos 27 anos o armador chega para seu quinto ano em uma situação bem diferente. Se em Utah ele era o armador reserva de uma equipe sem grandes aspirações, agora como um Sixer ele sabe que as coisas mudam de figura. Ele disputará a condição de reserva com o experiente Trey Burke e o titular da posição é ninguém menos que um dos "donos" do time, o australiano Ben Simmons. Se com o Jazz sua minutagem já era baixa (14,5 minutos/jogo), neste ano estou curioso para ver como ele se sairá no Philadelphia. Sua leitura de jogo pode ajudar. Seu arremesso de três, se calibrado, pode fazer com que ele jogue junto com Simmons. E com um pouco de sorte ele pode, pela primeira vez, jogar uma final de conferência, já que os Sixers são um dos favoritos ao título do Leste.
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CRISTIANO FELÍCIO -> Entrevistado pelo blog há pouco tempo, o pivô de 27 anos chega para sua quinta temporada sabendo que precisa mostrar bem mais do que no último campeonato, quando teve 4 pontos e 3,6 rebotes em 12 minutos de jogo, algo bem ruim. Ele ainda tem contrato para a próxima temporada, mas Felício sabe que é contestado por imprensa e torcida em Chicago. Ele tem potencial físico e juventude (27 anos apenas) para brilhar em um time que está em reconstrução mas que precisa voltar a vencer o quanto antes. Um pouco mais de "ferocidade" para atacar o aro lhe ajudaria a ganhar minutos na quadra. Seu nome é sempre envolvido em boatos de trocas, então vale a pena ficar atento a isso também.
Concorda comigo nas análises? Ou acha que algum dos brasileiros pode ir além?
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