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Multicampeão Phil Jackson não deu jeito no Knicks - alguém conseguirá isso com o atual dono do time?

Fábio Balassiano

29/06/2017 06h00

Como vocês sabem, acabou o casamento entre Knicks e Phil Jackson. A franquia e o manda-chuva de seu basquete rescindiram o contrato e colocaram um ponto final em uma história de 3 temporadas e muita confusão.

Antes de analisar o que se passará com a franquia da Big Apple daqui pra frente, vale dizer que se o movimento foi interessante, já que o Mestre Zen realmente não foi bem em sua função, ele também merece ser analisado de maneira mais profunda e por outro lado também. Fica a questão: por que diabos fazer isso uma semana depois do Draft (os jogadores foram escolhidos por… Jackson, que agora não está mais lá) e 5 dias antes do mercado de agentes-livres se abrir, e não logo depois do final da temporada, dando tempo ao substituto para planejar os próximos anos?

Isso dá bem o tom da zona que é a franquia chamada Knicks nos últimos anos. Uma franquia, aliás, cujo dono preferiu não ver e/ou ir diretamente a cerimônia do Draft que ficava na esquina de sua casa (no Brooklyn) na semana passada porque tinha um show de Jazz para tocar com sua banda. Prioridades, né? A de James Dolan, o cara que expulsou Charles Oakley, um dos maiores ídolos da torcida, do ginásio recentemente, decididamente não parece ser colocar o time nos trilhos.

Sobre Phil Jackson, está muito óbvio que ele não brilhou no Knicks como vice-presidente de basquete da mesma maneira que arrebentava como treinador. Ele tem imensa parcela de culpa, e isso é claríssimo. Não levou a equipe uma vez sequer ao playoff, contratou mal os técnicos, impôs um sistema de jogo que desagradava os atletas (o de triângulos), deu declarações alucinadas dizendo para todo mundo ouvir que gostaria de trocar o ala Carmelo Anthony, irritou o letão Kristaps Porzingis, que sequer foi na entrevista final da temporada com P-Jax, suas peças que chegaram pra melhorar o elenco não renderam e o clima de animosidade da franquia não baixou em nenhum momento sequer. Ninguém discute isso. E ponto.

Agora, é fundamental dizer que desde o começo do século o New York Knicks é um pardieiro, uma bagunça, um circo. Ninguém consegue colocar ordem na casa ali, não. Vieram malucos-beleza como Isiah Thomas. Nada. Veio o Mestre-Zen. Água. O experiente Donnie Walsh. Necas. Será que o problema está em quem detém os poderes do basquete ou a administração da franquia em um nível superior está defasada demais em processos e pensamentos? A mescla dos dois itens explica muita coisa.

Por fim, desejo muita sorte ao desvairado que aceitar trabalhar não no Knicks, franquia histórica, gloriosa e com inúmeras glórias, mas para um dono totalmente destemperado como James Dolan, um lunático mais preocupado com os flashes, com seus outros negócios e com sua banda de Jazz. O nome que aparece como favorito para o cargo desde já é o de Masai Ujiri, responsável pela remontagem recente do Toronto Raptors e considerado um dos melhores gerentes-gerais da NBA.

entrevistei Masai e conheço bem o seu trabalho. É um cara espetacular, com ideias legais de basquete e também de fora das quadras, e acho que seria sensacional ver um time tradicional e com muito poder financeiro e midiático em suas mãos. Se o dono não fosse o Dolan, juro que torceria para um final feliz nesse rumor.

Como acho Masai um cara que mereça paz em sua vida, torço para que a chama do rumor se apague rapidamente e que o Knicks encontre um cara que tenha apetite (e estômago) pra encarar uma franquia que não se encontra há tanto tempo.

Desejo antecipada sorte ao próximo gerente-geral do New York Knicks. Além de sorte, um pote bem lotado de remédios será necessário.

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