Um mês após suspensão da FIBA, CBB finge que nada aconteceu mas acumula problemas
Fábio Balassiano
21/12/2016 06h04
O tempo passou, a CBB adiou a sua coletiva de imprensa (até hoje não feita), muitos rumores sobre os próximos passos surgiram e a Confederação tem tentado fingir que absolutamente nada aconteceu. É um método comum para a entidade máxima, aliás. Acha que está tudo bem, passa uma imagem de que nada disso é culpa dela e vida que segue. Meio bizarro, mas é assim que funciona a cabeça retrógrada de quem comanda o basquete brasileiro na Avenida Rio Branco, Rio de Janeiro. É a turma que finge que a suspensão não é com ela, e na prática, vejam só o absurdo dos absurdos, não é mesmo porque na prática quem está sofrendo na pele com a sua falta de competência são os três clubes do NBB que não jogarão a Liga das Américas por causa dela (Flamengo, Mogi e Bauru).
Acham que é só? Em matéria publicada no UOL nesta terça-feira (aqui), o Comitê Olímpico Brasileiro, que tem tido conversas com a FIBA para decidir se intervirá ou não na Confederação como estava praticamente certo até o final do mês passado, informou que a entidade máxima do basquete brasileiro "precisará resolver sua suspensão junto à Federação Internacional para ficar com a verba federal repassada pelo COB" de R$ 3,6 milhões em 2017. Para quem devia, até o final de 2015, mais de R$ 17 milhões, digamos que não é o melhor dos recados, né?
Clubes, federações, ligas, atletas, técnicos e até mesmo a imprensa estão anestesiados esperando uma solução por parte dos órgãos responsáveis (COB, FIBA, Ministério do Esporte e quem mais está arquitetando algo desde 14/11). A dúvida é: será que vem mesmo? E se vier, o que vem? Com quem vem?
O mais bizarro de tudo é que de tanto fingirem que a suspensão não foi por causa deles, como de fato foi (e foi MUITO!), os rapazes da Confederação devem acreditar que está, de fato, tudo bem, que a gestão de Nunes e seus comandados por oito longos anos foi sensacional para o esporte da bola laranja. Que situação triste a do basquete brasileiro. Situação que está, no final das contas, entre a tristeza e a comédia. É rir pra não chorar. Ou chorar pra não rir.
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