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Os 30 da NBA: Sob nova direção, Wizards buscam mudar de patamar

Fábio Balassiano

01/10/2016 01h00

O final da temporada passada foi um fiasco para o Washington Wizards. Jogadores lesionados, derrotas em sequência e eliminação na fase regular. Era hora de mudar, e a primeira coisa que a diretoria fez foi mandar o técnico Randy Wittman embora. Wittman fez bom trabalho ao tirar a franquia de 29 vitórias em 2012/2013 para 46 em 2014/2015, mas ficou claro que ele não conseguiria dar o próximo passo. Trocá-lo foi uma boa medida. Contratar Scott Brooks, ex-treinador do Oklahoma City Thunder, não sei.

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Scott Brooks é bom, levou o OKC à decisão da NBA em 2012, tinha ótimo relacionamento com as duas estrelas da equipe (Kevin Durant e Russell Westbrook), mas foi demitido pelo mesmo motivo que Wittman foi rifado do Wizards – o de não conseguir elevar o nível da franquia e também por não apresentar nada, em termos táticos, diferente em relação aos anos anteriores.

E não nos enganemos: pesou demais para o Washington fechar com Brooks o fato de sua relação com Durant, até então agente-livre, ser excepcional. Os manda-chuvas da organização acreditavam que, com um comandante conhecido e gente boa, Durantula poderia jogar em sua cidade-natal. Nada feito. O camisa 35 foi pro Golden State Warriors, como todo mundo sabe, e o técnico terá que guiar o time basicamente com as mesmas peças que seu antecessor. O que não é tão ruim assim.

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O elenco do Washington é bom para os padrões Leste da NBA. Tem um armador de elite de NBA em John Wall. Um ala que quando está em condições físicas confiáveis joga muita bola (Bradley Beal). Outro, Otto Porter Jr., que cresceu muito em 2015/2016 e que deverá seguir se desenvolvendo com mais tempo de quadra e espaço no próximo certame. E um garrafão que mistura o bom arremesso de Markieff Morris a força de Marcin Gortat e Ian Mahinmi, recém-contratado pela BIZARRA bagatela de US$ 64 milhões até 2020 (o francês marca bem e tal, mas não é NADA além disso). O banco é que é pouco animador, mas de lá sairão o tcheco Tomas Satoransky, ex-Barcelona emdono de muito talento, Trey Burke, trocado pelo Utah para ser o reserva de Wall, o chutador Marcus Thornton e os alas Andrew Nicholson e Jason Smith.

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Não é a oitava maravilha do mundo, mas o Wizards sabe que no Leste dá, sim, para brigar por alguma coisa. O que não se sabe, ainda, é em que patamar Scott Brooks conseguirá colocar este grupo que já dá sinais de começar a se desentender.

Houve rumores de que John Wall, agora o terceiro maior salário da equipe, ficou assustado com o volume de dinheiro despejado pela franquia para Bradley Beal (5 anos, US$ 128 milhões!). Estreitar a relação de suas principais estrelas definitivamente é o mais importante para o novo chefe saber exatamente as reais necessidades da equipe que se dá muito bem no jogo de transição mas que tem seríssimas dificuldades quando o ritmo diminui (Wall mesmo não é arremessador confiável no meia quadra).

O Washington sabe que tem em John Wall e Bradley Beal a base da franquia para os próximos anos. A franquia conta com Scott Brooks para elevar o nível deles, colocando a equipe em condição de brigar na elite do Leste com constância e por um longo período. Possível, é.

Só não sei sinceramente se Brooks é realmente O melhor técnico possível para um elenco que nunca teve um virtuoso técnico a comandá-lo. Wittman era médio (pra baixo). O novo comandante está longe de ser excepcional, algo que sobretudo o talento de Wall merecia ter.

Campanha em 2015/2016: 41-41
Projeção para 2016/2017: Briga por Playoff (entre 40 e 45 vitórias).
Olho em: John Wall

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