Após 2 erros, CBB repete falha na preparação da Seleção Feminina Sub-18
Fábio Balassiano
08/07/2014 01h09
O mais triste de tudo é ver que o time poderia ter ido mais longe. A geração é razoavelmente talentosa, e o torneio abriu espaço para algumas zebras (Hungria ficou com o bronze, e as tchecas, com a quarta posição). O que acabou sendo ruim mesmo para as brasileiras foi o problema de sempre – a preparação das seleções nacionais de base. E os resultados dos últimos 20 anos, atualizados aqui e aqui , só comprovam a negligência da CBB neste sentido.
Como disse antes (aqui e aqui), as duas equipes que viajaram para defender o Brasil fora do país neste ano não treinaram por 30 dias (e eram competições importantes!). O time masculino, eliminado na Copa América Sub-18 e fora do Mundial Sub-19 em 2015, pagou um mico danado. A feminina, neste Mundial Sub-17, tinha chance de brigar por medalha se a Confederação Brasileira de Basketball tivesse levado a competição com a seriedade que um torneio deste nível merece.
Não são conhecidas, ainda, as 12 que irão jogar em Colorado Springs (EUA, onde a competição será realizada) e muito menos o período de treinamento. Sabe lá, na verdade, se irão treinar, esta coisinha supérflua, irrelevante, que quase não gera ganhos para quem o pratica. Treinar? Bobagem, né…
No momento em que escrevo (7/7) as atletas que disputarão as quatro vagas na Copa América sequer são conhecidas, sequer estão listadas no site da Confederação Brasileira. O Brasil está na chave com Porto Rico, Argentina e Chile, os dois primeiros do grupo já vão para o Mundial Sub-19, a vaga deve vir porque no feminino a distância do Brasil para as equipes do continente ainda existe (exceção a Canadá e Estados Unidos, obviamente), mas decididamente não é assim que se faz basquete de forma responsável e pensando no futuro da modalidade.
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