Após novo vexame, fica a pergunta: vale a pena ter Brasília na LBF?
Fábio Balassiano
21/01/2014 01h44
Confesso que ontem quando cheguei em casa e abri o site da Liga de Basquete Feminino eu tomei um susto quando vi o placar do PRIMEIRO tempo da partida entre Sport/PE e Brasília. A imagem abaixo diz tudo.
Eu sei que este é um assunto chato, recorrente (já escrevi disso aqui e aqui), mas não dá pra simplesmente fechar os olhos e fingir que nada acontece, que o que rolou ontem em Recife é normal, natural. Porque não é. Não pode ser. É algo que em um campeonato (que diz-se) profissional não deveria ocorrer, que em uma competição adulta não deveria sequer ser cogitado. Mas ocorre, ocorreu e continuará a ocorrer nesta edição do torneio, já que Brasília não deverá ter poder financeiro algum para contratar 8, 9 jogadoras de uma hora pra outra.
Ocorre em uma LBF cuja evolução técnica foi muito grande da temporada passada para esta (parabéns sinceros!), mas que ainda peca por querer simplesmente colocar um time que não tem condição alguma (técnica, financeira, estrutural etc.). Nada contra a cidade de Brasília, que tem um time fortíssimo disputando o NBB e cujo público é apaixonado pela modalidade, e muito menos contra os que estão lá dando a cara pra bater (literalmente), mas para o bem do basquete feminino brasileiro é imperativo que uma (perdão pela palavra) aberração como o placar de ontem não aconteça mais em um campeonato (repito) profissional.
Que a lição (mais uma em sua curta existência) estampada na cara de todos nesta segunda-feira tenha sido aprendida pela Liga de Basquete Feminino. Erros assim não poderiam nem existir. Repetir é chegar pertinho do precipício.
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