Sobre os métodos generalescos de Rubén Magnano na seleção brasileira
Fábio Balassiano
14/08/2013 15h00
Isto posto, vamos a um assunto que tem me deixado chateado desde que o argentino assumiu a seleção brasileira. Com Magnano, não pode nada. Entrevista no intervalo, antes ou depois dos jogos? Não pode. Liberar jogador pra apresentação de time? Não pode. Mesa redonda pra falar das finais da NBA com uma emissora de televisão? Não pode. Celular? Não pode. Torcida acompanhar treino? Não pode. Técnicos no treino? Não pode. Ex-jogador da seleção no treino? Não pode. Esposas no hotel? Não pode. Nada pode, nada pode (a não ser a exigência um tanto quanto contestável dele para que jogadores reconhecidamente com lesão – Anderson Varejão, por exemplo – apresentem pedidos de dispensa, algo que aumenta ainda mais o volume raivoso da opinião pública contra os atletas e cria um clima de animosidade entre torcida e atletas desnecessário). Peraí, né. Com que tipo de crianças Rubén acha que está lidando?
Enquanto ninguém conversar com Magnano (Vanderlei, Nunes, André Alves, qualquer um) e mostrar que o que ele faz atrapalha na popularização do basquete, que hoje é um esporte diminuto no país, este museu de atitudes retrógradas e generalescas do argentino tende a continuar, tende a aumentar, tende a chegar a níveis impossíveis (se é que já não chegou).
Insisto: não se ganha ou perde jogo por causa desta série de alucinações de Magnano. Ganha-se devido aos treinamentos dele, que, diga-se de passagem, são excelentes. Que ele concentre seus esforços justamente onde ele já é muito bom – na quadra. Fora dela o basquete brasileiro precisa aparecer, crescer, sair da ditadura e chegar à modernidade.
E aí, Carlos Nunes, vai falar com seu treinador?
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