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Bala na Cesta

Vice-presidente do Flamengo dispara contra a CBB: 'Está na hora de começar a olhar pro basquete brasileiro com mais carinho'

Fábio Balassiano

13/08/2013 11h10

"Estamos aqui apresentando nossos dois reforços estrangeiros (o armador argentino Nicolás Laprovittola e o pivô americano Jerome Meyinsse), mas a verdade é que queríamos apresentar todo o elenco. Infelizmente, a CBB não liberou os jogadores que estão na seleção. Eles têm os salários pagos pelo Flamengo, que a CBB, como toda a seleção, não contribuiu. Entramos em contato com a seleção, demos a opção de escolher dia e hora, mas não deixaram. Esta não é uma questão exclusiva do Flamengo, não. O Flamengo hoje é campeão do NBB, líder da LDB. Esse pedido (de liberação) também foi feito pelo Bauru. Nas últimas Olimpíadas, a Argentina teve um ouro, um bronze e um quarto lugar. Além de um vice mundial. A Federação Argentina liberou o nosso armador, que está aqui, sendo apresentado. Mas a CBB, não. Tenho uma admiração grande pelo Rubén Magnano, que faz um excelente trabalho dentro de quadra, mas os clubes que fazem o basquete brasileiro, que caiu tanto nos últimos anos, não podem passar por isso. O Flamengo colocou 17 mil pessoas na final do NBB. Se tivessem 30 mil lugares, colocaria 30 mil. Ontem no Brasil e Argentina pelo Super 4, se tinham mil pessoas era muito. Está na hora da gente começar a olhar para o basquete brasileiro com mais carinho. Respeitar mais os clubes que fazem esse basquete – disse o vice de esportes olímpicos"

A declaração é de Alexandre Póvoa (foto), vice-presidente de Esportes Olímpicos do Flamengo, e foi dada nesta segunda-feira na apresentação dos dois reforços estrangeiros do basquete rubro-negro para esta temporada (veja o vídeo aqui e leia mais sobre ela aqui).

De acordo com Póvoa, o objetivo do clube da Gávea era apresentar seu elenco inteiro, mas a Confederação Brasileira não deixou que cinco se seus integrantes (os atletas Vitor Benite, Marquinhos e Cristiano Felício, e Neto e Diego Falcão, que fazem parte da comissão técnica) saírem do regime de concentração que Rubén Magnano impõe ao selecionado nacional (falei sobre estes métodos Magnanianos há um ano).

Deste canto dou meus parabéns a Póvoa pela posição firme, pelas analogias pertinentes em relação ao basquete argentino e sobre o cenário de calvário absoluto em que se encontra o basquete brasileiro nas mãos desta pífia Confederação Brasileira de Basketball cujo presidente, o Sr. Carlos Nunes, foi incapaz de comparecer ao Super 4 da seleção masculina em Anápolis e cujo departamento de comunicação, formado por jornalistas (!?), acha que simplesmente barrando a presença de imprensa isenta de eventos o mar de lama em que se encontra a modalidade será esquecido (ah, mas vai sim…).

Está bem de administração na entidade máxima o basquete brasileiro ou não? Não, né…

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