Começa amanhã a saga da seleção feminina Sub-19 no Mundial da categoria que será disputado na Lituânia a partir desta quinta-feira (aqui o site oficial da competição). A partir das 06h45 (seis horas pra frente o fuso – o calendário completo está aqui) o time de Janeth Arcain mede forças com a Rússia, vice-campeã europeia Sub-18 e time fortíssimo para tentar reeditar a boa performance de 2011, quando terminou na terceira colocação. Na história dos Sub-19, o país terminou em sétimo 2001, décimo em 2007, nono em 2009 e não participou em 2005. O elenco é assim formado:

Armadoras: Alana Gonçalo, Carla e Carolina
Alas: Estela, Isabela Ramona, Izabella Sangalli, Maria Claudia Teixeira
Pivôs: Letícia, Maria Carolina, Vanessa, Alana Schossler e Martha Imoiana

E para ir longe na competição que começa nesta quinta-feira a seleção feminina Sub-19 conta com três medalhistas e com uma preparação que teve verba recorde liberada pelo Ministério do Esporte. No Mundial Sub-19 de 2011 no Chile, Izabella Sangalli, Vanessa e Isabela Ramona (é a principal jogadora do grupo – na foto à direita) faziam parte do elenco que conseguiu o bronze (aquele em que Damiris foi a MVP e jogou uma barbaridade). Para aquela competição, o Ministério liberou R$ 1,1 milhão (veja aqui) para os quase seis meses de treinos e viagens. Para este ano, o ME despejou R$ 2,8 milhões para os menos de 120 dias de treinos (veja aqui).

Aqui, aliás, cabe uma observação sobre a verba pública. Conversei na semana retrasada com Ricardo Leyser, Secretário de Alto Rendimento da entidade, a respeito dos custos e ele me disse que foram mais viagens e por isso o custo aumentou na seleção feminina. O mesmo, porém, não aconteceu com a masculina, que teve R$ 991mil em 2011 e R$ 848 mil em 2013. Por isso, no sábado pedi as contas abertas de tudo isso para uma análise mais profunda. Podemos continuar

No Grupo A, além do Brasil e russas, estão Sérvia (medalha de bronze no Eurobasket Sub-18 de 2012), e Coreia do Sul. O regulamento é igual ao Mundial Sub-19 que a seleção masculina participou recentemente. O regulamento da competição é o seguinte: os três primeiros de cada uma das quatro chaves se classificam para as oitavas de final. Os times que ficarem na quarta colocação disputam de 13º a 16º lugares. Nas oitavas-de-final, as doze seleções serão divididas em dois grupos de seis (pro Brasil, caso avance, os adversários viriam da chave de Argentina, Espanha, Japão e Espanha) e as equipes voltam a se enfrentar em suas respectivas chaves (com exceção dos adversários enfrentados na primeira fase). Os resultados são levados desde a primeira etapa do torneio, e os quatro primeiros de cada chave passam para as quartas-de-final. Os ganhadores disputam a semifinal e a final.

Conversei com Janeth (foto à esquerda) antes da viagem do time, e ela me pareceu bem confiante, traçando a meta de ficar entre os quatro primeiros mesmo com um elenco não tão alto ("o importante está no fundamento do jogo", disse-me com propriedade). Mas ambos concordamos que não será nada fácil – a começar pelos duelos na primeira fase. Escorregar demais pode significar eliminação precoce, bem precoce, embora ache que isso não vá acontecer apesar da preparação ter sido bem, bem curta (menos de três meses de trabalho – e alertei pra isso ano passado aqui e aqui).

Boa sorte às meninas e a técnica Janeth.