O balanço financeiro da Confederação Brasileira - o trágico ano de 2012 e o que vem por aí
Fábio Balassiano
24/06/2013 01h40
24/06 – Apresentação dos números e alguns pontos interessantes
25/06 – Minha análise do balanço
26/06 – Análise do brilhante Professor Jorge Eduardo Scarpin, doutor em Contabilidade pela USP e docente do mestrado de contabilidade da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
27/06 – Perguntas sobre o balanço para a CBB
Na verdade, Nunes não começa muito bem sua análise (e fico muito chocado que os membros da Assembleia tenham aprovado um absurdo que foi este balanço financeiro). O ano de 2011 terminou com uma dívida de R$ 7 milhões, um aumento de 39% em relação a 2010. O de 2012 fechou com R$ 8,8 milhões de dívidas, um crescimento de R$ 1,8mi em relação ao ano anterior, ou 25,7%. Como Nunes pode dizer que "As contas apresentadas na Assembleia foram, de uma maneira geral, muito positivas, pois conseguimos diminuir o déficit de 2012" eu sinceramente não consigo entender. Isso, claro, sem eu falar nos empréstimos bancários, outro absurdo de proporções grandes (possui cerca de R$ 4 milhões em empréstimos bancários, quase o mesmo montante de 2011).
Esta é a entidade que irá receber, em 2013, mais de R$ 14,8 milhões do Ministério do Esporte (se não fosse este montante, certamente a modalidade estaria ainda mais quebrada, não é equivocado dizer). É uma entidade que não consegue fazer um ano financeiro decente, e tampouco investe no esporte de maneira planejada, coordenada, correta (leia mais aqui e aqui). Só lembrar que as preparações das seleções de base foram uma tragédia e os Campeonatos de Base quase não aconteceram. É inacreditável que, depois de tudo o que Nunes e seus gestores fizeram nos últimos dois, três anos o Ministério ainda os agracie com mais de R$ 14mi neste ano, sinceramente (leia mais aqui).
Escárnio, não? Continua amanhã. E continua pior, posso garantir.
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