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Desvendando a saída de Americana do técnico Zanon, agora exclusivo da seleção

Fábio Balassiano

10/06/2013 18h00

No dia 17 de abril de 2013 (menos de dois meses atrás, portanto), a notícia veio: "Americana renova com Zanon e técnico assume a seleção brasileira". No release, havia alguns trechos interessantes:

"Estamos felizes porque ele vai conciliar o trabalho entre clube e seleção. Além disso, na conversa que tivemos com o Vanderlei (Mazzuchini, diretor técnico da CBB), fizemos o pedido e fomos atendidos no sentido de que a seleção treine aqui, pois Americana tem toda estrutura invejável a oferecer", disse Ricardo Molina, presidente da entidade que gerencia o clube.

"Uma das condições para aceitar o convite para ser técnico da seleção foi não abrir mão de permanecer trabalhando em Americana", comentou Luiz Augusto Zanon à época.

Por isso me causou estranheza quando soube, já no setor de embarque para uma viagem, da saída de Zanon de Americana. A Confederação Brasileira tentou colocar panos quentes, distribuindo release em seu site informando o seguinte no dia 29 de maio de 2013: "Deixei o comando de Americana porque não dá para conciliar as duas coisas. Neste momento teremos a necessidade de uma grande dedicação minha à seleção, pois teremos muitos campeonatos e quero fazer esse trabalho com excelência e desenvolver novos projetos". Coincidência ou não, a seleção brasileira deixou de treinar em Americana, como previsto, e se mudou para São Carlos (leia mais aqui e aqui como seria a preparação).

Tem que ser muito ingênuo para acreditar que Zanon saiu de Americana realmente por problemas de "conciliar trabalho de seleção e clube". Sinceramente, muito ingênuo mesmo. Só olhar a cronologia dos fatos já dá pra perceber que houve algo errado no meio do caminho.

Não vou entrar no mérito da questão, até porque envolve muita gente, mas o problema para a saída do agora técnico exclusivo da seleção de seleção brasileira adulta feminina é de ordem estritamente pessoal, muito pessoal mesmo – nada mais do que isso. Nem o treinador, nem clube e nem Confederação vão querer comentar o caso, e vou respeitar (o caso mexeu demais com as partes envolvidas, posso garantir). Mas não me peçam para acreditar na história de exclusividade por causa da equipe nacional logo depois de Zanon ter renovado em Americana. Isso, não. Houve, até, uma mudança do local de treinamento por causa disso, se não ficou tão claro assim para todos.

Sorte para ele no trabalho. Seguirei admirando sua capacidade de treinamento, seja onde for. Mas que as coisas poderiam ser mais claras, isso poderiam.

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