Armador Raulzinho também estará no Draft da NBA deste ano - será uma boa pra ele?
Fábio Balassiano
24/04/2013 11h08
"Participar do Draft vai ser uma experiência muito boa, sei que não é fácil ser escolhido, pela qualidade e pela quantidade de atletas que estarão lá, mas quero aproveitar ao máximo os treinos antes para melhorar, para evoluir", afirmou através de sua assessoria.
Assim como há a dúvida se Lucas Bebê será, ou não, escolhido por algum time da NBA e se é o melhor momento para tentar ser "pescado" por alguma franquia da melhor liga de basquete do mundo, a pergunta permanece para Raulzinho, armador revelado pelo Minas (ele é filho do bom técnico do time principal de lá, diga-se de passagem) e que está há dois anos jogando, com constância, em um time de primeira divisão na Espanha. Antes de responder às perguntas, vamos a todos os números de sua carreira:
Acho que está clara a evolução de Raulzinho, não? Os números estão aí, e a experiência também pesa a seu favor (são dois anos jogando na Espanha, uma Olimpíada, um Mundial Adulto em 2010, na Turquia, três anos no NBB e um Mundial Sub19 nas costas). Não parece, mas é coisa pra caramba para alguém que ainda vai completar 21 anos. É óbvio, também, que seu jogo precisa de ajustes na defesa e nos passes e que seu físico precisa ser lapidado, mas seu talento é muito, muito grande – e já vem sendo olhado pelos norte-americanos desde que, junto com Lucas Bebê, ele brilhou na Copa América de 2011, quando o Brasil ficou com o vice-campeonato (perdeu a final contra os norte-americanos).
Por isso acho salutar que, assim que acabar sua temporada na Espanha, ele pegue um avião, passe em Belo Horizonte, coma um pão de queijo para recuperar as forças e se mande rapidamente para os Estados Unidos, a fim de treinar forte e ser visto/analisado/monitorado pelas franquias da NBA.
Pelo que conversei rapidamente, ele tem chances razoáveis de ser escolhido no final da primeira rodada. Lá estão, atualmente, o alemão Dennis Schroeder (12 pontos, 3,2 assistências e 2,5 rebotes na liga alemã) e o norte-americano Erick Green, que teve 25 pontos de média em Virginia Tech. Caso "escorregue", acho que na segunda rodada ele possui ótimas chances de ser escolhido por uma franquia grande e, quem sabe, passar um ano na Europa ou na D-League aprendendo. Conhecendo o rapaz, maduro e focado pra caramba, está claro que ele vai lutar para que isso aconteça com todas as forças – e eu não duvido que ele consiga.
E aí, concorda comigo? Raulzinho faz bem em tentar o Draft desse ano? Será que ele consegue uma vaga na NBA? O que você acha? Comente!
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