Chaves femininas dos Jogos de Londres estão definidas - Brasil terá missão árdua
Fábio Balassiano
01/07/2012 17h55
Logo depois da partida, a FIBA realizou sorteio para definir em que chaves entrariam os cinco qualificados do Pré-Olímpico Mundial, e ficamos assim, veja só (aqui a tabela completa).
Grupo A – EUA, Croácia, República Tcheca, Turquia, Angola e China
Grupo B – Brasil, Rússia, Austrália, França, Canadá e Reino Unido
Abaixo os horários dos jogos do Brasil (de Brasília):
28/7 – França (16h)
30/7 – Rússia (12h45)
1/8 – Austrália (10h30)
3/8 – Canadá (10h30)
5/8 – Reino Unido (18h15)
Como se vê, o Grupo B, do Brasil, ficou forte, fortíssimo, e a situação do time de Luiz Cláudio Tarallo (foto) não é das melhores, não. O Reino Unido é, aparentemente, o mais fraco, mas é bom não bobear. Tom Maher, o técnico (australiano medalhista de prata em Sydney-2000), é bom pacas e os resultados recentes em amistosos apontam para uma evolução que, combinada à força da torcida local, pode ser perigosa. O Canadá é experiente pacas, e historicamente as brasileiras têm problemas com elas. A França tem um elenco renovado, a ótima Sandrine Gruda e muita força física. Não é um timaço, mas não é um queijo brie com damasco. Austrália e Rússia eu nem preciso falar, né.
Aí temos os seguintes cenários.
Pensando de maneira otimista: Para o Brasil, e isso já disse há dois meses, o jogo da estreia é fundamental. Se vencer a França, faz jogos sem tanta pressão contra Rússia e Austrália antes de, aí sim, decidir a sua sorte contra Canadá e Reino Unido. Vencendo os três rivais menos fortes (França, Canadá e Reino Unido), passa em terceiro e pega, provavelmente, Turquia, Croácia ou República Tcheca no mata-mata das quartas-de-final. Contra qualquer uma das três, é absolutamente viável vencer para ficar entre os quatro melhores do mundo.
Pensando de maneira pessimista: Se perder no jogo de abertura (a tal "síndrome da estreia" pode pegar), o Brasil provavelmente chegará à quarta rodada com três derrotas e praticamente eliminada. Caso vença Canadá e Reino Unido, passará em quarto lugar e enfrentará os EUA nas quartas-de-final. Aí é jogar, pegar as malas e ir para o aeroporto, evidentemente. Se for ainda pior e perder para Canadá ou Reino Unido, nem para o mata-mata passa, e iguala a pífia campanha de 2008.
E aí, o que será que acontece para a seleção feminina? Fiquei um pouso desanimado pós-derrotas na Austrália, mas ainda acredito que, com Érika melhor e com Iziane mais calma (haja fé!) o Brasil consiga vencer França, Canadá e Reino Unido (as jogadoras deveriam repetir isso todos os dias umas 20 vezes antes de dormir) e chegar às quartas-de-final em boas condições. E você? Comente na caixinha!
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