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Bala na Cesta

CBB responde aos questionamentos do blog sobre balanço financeiro

Fábio Balassiano

30/07/2019 05h01

Você leu aqui ontem a análise do Balanço Financeiro da Confederação Brasileira, ano base 2018. De forma bem educada, Carlos Fontenelle, Secretário-Geral da entidade, respondeu às perguntas do blog sobre as contas da CBB. Vale a pena ler com bastante calma.

BALA NA CESTA: Este é o segundo ano de balanço da gestão Guy Peixoto e nota-se um respiro ainda maior nas contas, mas um passivo gigante da gestão anterior. Sendo bem transparente, é possível dizer que a CBB estava pronta para ser fechada quando da chegada do presidente Guy?
CARLOS FONTENELLE: Sem dúvida nenhuma a situação era bem crítica. Se não fosse pelo Presidente Guy Peixoto Jr., e seu aporte pessoal no início da gestão, a entidade teria muita dificuldade em sobreviver.

BNC: A dívida da CBB caiu para R$ 9 milhões de acordo com dados do balanço, mas desde sempre a Confederação apregoa que são R$ 40 milhões. Por quê?
FONTENELLE: A dívida, levantada quando do início da gestão, era realmente um pouco superior a R$ 40 milhões. Através de negociações diretas com os credores, durante estes dois anos, foi possível uma redução significativa no endividamento.

BNC: Se não há novas linhas de receita, como a CBB pretende sanear ainda mais as suas dívidas?
FONTENELLE: Como noticiado ainda esta semana, estamos conseguindo novos parceiros estratégicos para apoiar a operação da entidade. E, adicionalmente, contamos sempre com o suporte fundamental do Comitê Olímpico do Brasil (COB), o mais importante parceiro nesta fase de recuperação da Confederação Brasileira de Basketball (CBB).

BNC: Sobre a questão das verbas federais, a questão das certidões negativas ainda encontram-se indisponíveis? A CBB ainda não pode coletar verba pública ou isso já mudou?
FONTENELLE: A última certidão deverá estar disponível durante o mês de agosto, o que nos permitirá, novamente, operação plena.

BNC: Em que ponto está a situação com a Eletrobras? Até onde sabemos, a CBB processa a estatal, mas há uma espécie de acordo em andamento, fazendo com que a Confederação volte a ser patrocinada pela Eletrobras. Isso procede?
FONTENELLE: Temos um acordo aprovado pelas diretorias das duas partes e que está aguardando o cálculo final dos números envolvidos, por parte da área financeira de Eletrobrás. Com isto em mãos, os processos judiciais serão equacionados. Sobre patrocínio, isto entrará em pauta após a implementação do acordo.

BNC: O único contrato de patrocínio que entrou na CBB foi o da CIMED, mas em janeiro de 2019. É correto dizer que a única fonte de receita em 2018 foi a manutenção das verbas do presidente Guy Peixoto?
FONTENELLE: Como demonstrado no balanço, existiram outras fontes de receita, como por exemplo a Motorola, patrocinador da CBB desde 2017.

BNC: A CBB coloca em Nota Explicativa uma série de questões a respeito de dívidas futuras em relação a processos trabalhistas. Em que ponto exatamente estão essas questões? As dívidas possíveis serão dívidas de fato em algum momento? Qual a expectativa da entidade?
FONTENELLE: Seguimos em negociação com os ex-colaboradores para resolver as pendências existentes.

BNC: Tendo em vista que não há verba disponível de patrocinador máster, como a CBB pretende investir nas divisões de base e na massificação da modalidade?
FONTENELLE: Estamos agregando novos parceiros estratégicos ao time de patrocinadores, e uma das principais ações desta nova parceria é o desenvolvimento do basquete. A disponibilização de um Centro de Treinamento e recursos para preparação das seleções de base é parte importante dele. Adicionalmente, o COB também está nos apoiando em iniciativas ligadas diretamente ao desenvolvimento e massificação do esporte.

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