Os 30 da NBA: Renovado, Bulls conta com Wade para voar alto na temporada
Quando o Chicago trocou Derrick Rose e perdeu Pau Gasol e Joakim Noah logo nas primeiras horas do mercado de agentes-livres de 2016 muita gente pensou que o Bulls entraria em reconstrução e em uma fase difícil. O raciocínio durou poucas horas, porque a franquia foi muito rápida no mercado e conseguiu em uma única dose o ótimo Rajon Rondo para a armação e o excepcional Dwyane Wade para a ala.
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Digo isso em primeiro lugar porque não é a qualquer hora que você consegue contratar um atleta do calibre de Dwyane Wade. Tricampeão pelo Miami, ele ficou chateado (pra dizer uma palavra educada) com a primeira oferta do Heat e decidiu testar o mercado. Ouviu propostas de cinco times e fechou com o de sua cidade-natal. Vai ser feliz e rejuvenescido em casa. Para sorte do Bulls, chega por lá um líder carismático, um atleta talentoso e um cara que em sua primeira coletiva teve a humildade de reconhecer que, para ir longe, o time precisa ser de Jimmy Butler. Em português claríssimo: Wade vale cada centavo dos US$ 23 milhões que o Chicago pagará por ele, cracaço de bola que é.
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Falei de Dwyane Wade, mas vale abordar a questão de Jimmy Butler (ambos estudaram na mesma faculdade, Marquette, aliás). A franquia Bulls foi, desde sempre, cética em colocá-lo como a cara do time. Insistiu até onde deu com Derrick Rose, mas o limite (da paciência) da diretoria chegou e Rose foi trocado. Mesmo com a chegada de D-Wade todos ali sabem que agora é com Butler mesmo. O camisa 21 que chegou à NBA tendo a defesa como a sua principal característica, mas evoluiu muito nos últimos anos, terminou 2015/2016 com 20,9 pontos de média e provou estar pronto para liderar a equipe. Jogando ao lado de Wade o ala crescerá ainda mais. Não ficará tão pressionado para pontuar no perímetro, receberá dicas importantes do experiente jogador e poderá desempenhar ainda melhor as suas funções.
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Para Rajon Rondo a situação é exatamente como a foto do lado ilustra: é hora de colocar a bola na frente da boca, falar menos e jogar mais. Na temporada passada ele foi muito bem em Sacramento (11,9 pontos e 11,7 assistências), mas caiu quando a franquia ruiu (como sempre acontece por lá aliás). Depois que saiu do Boston ele passou por Dallas, onde teve problemas imensos com o técnico Rick Carlisle, e pelo Kings. Dá pra dizer facilmente que jogar em Chicago é uma oportunidade de ouro por ser um mercado grande, uma franquia de respeito e um time que disputará coisas grandes (playoff e muito mais). Manter a cabeça no lugar é fundamental e o camisa 9 sabe disso. Creio que ser armador em um time com Dwyane Wade e Jimmy Butler também seja muito bom para Rondo. Suas deficiências nos arremessos estarão mais encobertas e principalmente Butler marcam tão bem quanto ele. Gosto muito das possibilidades que os três juntos podem gerar à franquia.
Antes de falar do garrafão é impossível não citar a figura de Fred Hoiberg. Técnico contratado para o lugar do excepcional Tom Thibodeau, Hoiberg teve um péssimo primeiro ano na NBA, não se entendeu com os veteranos (Gasol, Noah e também Rose), foi criticado publicamente por seus atletas (Jimmy Butler, por exemplo, disse que o treinador não cobrava os jogadores como deveria) e conseguiu a proeza de deixar o Bulls fora do playoff pela primeira vez em uma década. Se no ano 1 foi assim, como será com atletas ainda mais cascudos e nem sempre fáceis de lidar como Rondo e Wade? Rondo, reforçando isso, teve problemas com Rick Carlisle, que está na NBA como técnico há quase duas décadas. O ex-armador do Boston terá calma com o inexperiente Hoiberg? Como o jovem comandante adaptará suas ideias às expectativas de atletas que querem vencer rápido? Confesso que estou ansioso para ver a performance dele.
Se no perímetro as notícias são excelente, e olhem que nem citei a chegada do novato Denzel Valentine para a ala e do jovem Jerian Grant para ser reserva na armação, além da expectativa de consolidação de Tony Snell e Doug McDermott, o garrafão inspira mais cuidados.
Taj Gibson, Bobby Portis e Nikola Mirotic disputarão os minutos na ala-pivô. Gibson terminou a temporada passada jogando bem e parece ter a confiança de Hoiberg. Portis mostrou-se capaz na temporada de estreia e foi incrível na Liga de Verão. Mirotic é um desastre na defesa, mas um dínamo no ataque com seus arremessos e pode ser uma arma interessante para abrir/espaçar a quadra ainda mais jogando com Wade e Butler. São boas opções, mas nenhuma de primeira linha.
No pivô o Chicago conta com Cristiano Felício e com o bom-porém-inconstante Robin Lopez, que chegou à franquia na troca de Derrick Rose (na foto ele está com a camisa 8). Lopez deve ser o titular, mas para Felício há um dado curioso: aos 28 anos, o gigante da Universidade de Stanford nunca passou dos 31 minutos/jogo. Ou seja: provavelmente o brasileiro deverá ter mais e mais minutos para seguir evoluindo. De todo modo, vale dizer que nenhum dos dois cria seus próprios arremessos e não são conhecidos por serem forças ofensivas perto da cesta. Aparentemente conseguir pontos na área pintada será um problema para o Bulls.
No final das contas dá pro Bulls ficar animado com o que está por vir. Rajon Rondo, Dwyane Wade e Jimmy Butler são motivos suficientes para o Chicago fazer uma ótima fase regular e se credenciar a voar no mata-mata.
O entrosamento virá com o tempo, mas o mais importante, que é ter peças talentosas, a franquia tem. O que era um possível fiasco se tornou esperança de ir longe no campeonato.
Campanha em 2015/2016: 42-40
Projeção para 2016/2017: Se classifica pro Playoff (entre 47 e 51 vitórias).
Olho em: Jimmy Butler
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