Os 30 da NBA: Com técnico Frank Vogel e elenco experiente, Orlando quer voltar ao playoff
Quando, de forma surpreendente, Scott Skiles pediu o boné e abandonou o cargo de técnico no final da temporada passada o Orlando tinha duas opções: ir ao mercado contratar o melhor nome disponível ou iniciar um novo processo de reconstrução.
De forma inteligente e conhecendo o seu próprio histórico de a cada cinco anos entrar em remontagem o Magic optou pela primeira opção, fisgando Frank Vogel, excepcional técnico demitido de forma absurda do Indiana Pacers. Junto com Vogel chegam mudanças interessantes na franquia que não vence uma série de playoff desde 2010, quando jogou a final do Leste, e que não frequenta a pós-temporada desde 2012.
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Com a vinda de Frank Vogel o Orlando deixa de ser o time da reconstrução para tentar (ao menos tentar) ser o time do presente, o time da ação, o time que vai brigar por alguma coisa no Leste. Foi meio difícil entender o movimento no dia do Draft, mas olhando agora dá pra sacar o motivo da direção do Magic ter despachado Victor Oladipo + pick (o de Domantas Sabonis) por Serge Ibaka mesmo com o congo-ibérico tento contrato vencendo ao final do certame. Foi muito por pouco, mas há uma razão clara e não verbal nisso tudo: a mudança de cultura. Ninguém na franquia aguenta mais viver de derrota, derrota e derrota. Parece que Rob Hennigan, gerente-geral, olhou ali pro lado, para Pat Riley em Miami, e viu que é possível, sim, se manter competitivo mesmo sem apelar para tanks (perder quase que de propósito pensando no Draft seguinte).
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Ibaka vem de temporadas seguidas vencendo 50 jogos, jogando playoff, disputando confrontos decisivos e pressionados. O Orlando quer viver isso e também por isso fez questão de abrir o cofre para novas aquisições mesmo que tenha pago acima do valor de mercado, e com risco alto, jogadores não mais do que medianos.
Sensação do playoff passado jogando pelo Toronto, Bismack Biyombo chega com um contrato imenso de US$ 70 milhões por 4 anos. No garrafão, aliás, o Orlando está com uma ótima rotação que possui Biyombo, Ibaka, Nikola Vucevic, que permanece no time, Jeff Green, recém-contratado, e Aaron Gordon, que parece cada vez com menos chance de ter tempo de quadra. A não ser que Vogel opte por tentar Green, que vem para apenas um ano de contrato, na posição 3, Gordon terá talvez até menos que os 23 minutos disponibilizados a ele em 2015/2016. Para quem precisa jogar para mostrar que é mais do que apenas um ótimo saltador para enterradas, não é um bom sinal.
No perímetro a responsabilidade vai ficar mesmo com o francês Evan Fournier (foto), que foi muito bem em 2015/2016 com 15,7 pontos/jogo, motivo pelo qual foi agraciado com novo contrato (US$ 85 mi/5 anos). Parece ser com ele que o Orlando conta para ser a pedra fundamental da construção ofensiva fora do garrafão. Foi um voto de confiança para o camisa 10, mas sobretudo um indicativo de que o futuro está sendo pensado desde já. Gostei dos movimentos do Magic nas alas e na armação com as chegadas dos experientes D.J. Augustin para ser reserva e mentor de Elfrid Payon e de Jodie Meeks para ajudar a Fournier e também a Mario Hezonja, outro que precisará de mais tempo de quadra no campeonato.
Não é a oitava maravilha do mundo, mas o Orlando sai da estagnação e aponta um caminho. Falta uma série de coisas ainda, a começar pela definição de quem vai ser O cara da franquia (será que Fournier aguenta esse tranco?), mas para brigar para disputar playoff no Leste me parece que o cardápio seja mais do que suficiente.
Ao invés de apertar o botão da reconstrução, o Magic vai tentar disputar com o melhor que conseguiu no mercado. Com um técnico de alto nível (Frank Vogel), é provável que os jogadores cresçam e que os objetivos de curto prazo sejam alcançados rapidamente.
Campanha em 2015/2016: 35-47
Projeção para 2016/2017: Briga por Playoff (entre 40 e 45 vitórias).
Olho em: Evan Fournier
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