Topo

Bala na Cesta

Os 30 da NBA: Sem identidade, Denver segue longe de encontrar seu caminho

Fábio Balassiano

27/09/2016 12h45

denver1Quando se começa a analisar o Denver Nuggets a cabeça dá um nó. Há apenas dois cara acima de 30 anos (Mike Miller e Jameer Nelson), jogadores com bom valor e já rodagem na NBA (Danilo Gallinari e Kenneth Faried, por exemplo), um punhado de atletas de composição de elenco interessantes (Wilson Chandler, Gary Harris e Will Barton) e outros jovens, bem jovens, que ou chegaram recentemente ou que estão chegando (Malik Beasley, Jamal Murray e Juan Hernangómez chegam agora via Draft – na foto -, e já estão no Colorado Emmanuel Mudiay, Jusuf Nurkic e Nikola Jokic, por exemplo). Com um elenco tão heterogêneo, dá pra imaginar o trabalhão que o técnico Michael Malone terá nesta temporada?

Lakers evolui, mas conseguirá playoff?
Como será o Sixers de Ben Simmons?
Wolves tentam iniciar nova Era
Knicks voltarão ao playoff com Derrick Rose

mudiay1Não há dúvida que há bastante talento na franquia, principalmente no perímetro com a possível formação inicial envolvendo Mudiay na armação, Garry Harris ou Jamal Murray (20 pontos por jogo em Kentucky na temporada passada e apenas 19 anos) na posição dois e Gallinari na ala, com a Nelson sendo o armador suplente e Wilson Chandler, Malik Beasley e Will Barton fazendo o revezamento nas alas.

O problema é que esse "discurso" do bom elenco se aplica ao Denver há muito tempo. Desde que o Nuggets tinha um time titular com Chauncey Billups, Dahntay Jones (JR Smith no banco), Carmelo Anthony, Nenê e Kenyon Martin que chegou à final do Oeste em 2009 aliás.

O longo caminho do Nets para ter um time
Phoenix e a difícil administração de elenco

Pelicans conseguirá cercar Anthony Davis com talento?
Bucks entregam chave da franquia a Antetokounmpo

faried1As dificuldades técnicas mesmo acontecem no garrafão. Kenneth Faried, o titular da ala-pivô, surgiu muito bem, acabou motivando o Nuggets e trocar Nenê para o Washington de modo a abrir espaço em 2011/2012 para o Manimal, como é conhecido. O problema para o Denver é que Farie saiu dos razoáveis 10,2 pontos e 7,7 rebotes em seu ano de estreia para os não tão gigantes assim 12,5 pontos e 8,7 rebotes por partida em 2015/2016. Não é um crescimento tão grande assim, né? O camisa 35 marca legal, tem tentado chutar um pouco mais de três pontos, mas não chegou ao ponto que todos no Colorado esperavam dele. Adicionalmente há os jovens Nikola Jokic (sérvio, 21 anos e 10 pontos de média em sua temporada de estreia em 2015/2016) e Jusuf Nurkić (bósnio, 22 anos e 8,2 pontos em seu segundo ano na liga em 2016). Não é animador para ninguém, vamos combinar.

malone1Muita coisa mudou desde 2009. Carmelo Anthony saiu e vieram Gallinari e Chandler principalmente, mas desde então a franquia não conseguiu nem passar da primeira rodada (perdeu assim entre 2010 e 2013 e desde então não frequenta a pós-temporada) e muito menos mostrar uma identidade própria a seus torcedores. A sensação que dá é que o Nuggets até hoje procura um estilo pra chamar de seu.

Com o bom perímetro dá para sonhar em começar a construir alguma coisa para o longo prazo. No presente, a sensação que dá é que o time de Michael Malone (foto) continuará a patinar no gelado Colorado.

Campanha em 2015/2016: 33-49
Projeção para 2016/2017: Fora dos Playoffs (entre 35 e 39 vitórias).
Olho em: Danilo Gallinari

Sobre o blog

Por aqui você verá a análise crítica sobre tudo o que acontece no basquete mundial (NBB, NBA, seleções, Euroliga e feminino), entrevistas, vídeos, bate-papo e muito mais.