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Bala na Cesta

Clippers 'vira a chave' e já briga no topo do Oeste

Fábio Balassiano

12/01/2016 06h10

clippers1A temporada 2015/2016 prometia para o Los Angeles Clippers. Seria a quinta do duo Chris Paul e Blake Griffin, a terceira do técnico Doc Rivers e a primeira enfim com um elenco de apoio de altíssimo nível para as duas estrelas da companhia. Cheguei a escrever isso no dia 16/10 e estava ansioso pelo começo do campeonato do (ex-) primo pobre da Califórnia. O certame começou, e a esperança deu lugar a apreensão.

lance1Os Clippers não engrenavam de jeito nenhum. Com uma peneira na defesa e um ataque totalmente estático, taticamente o time não funcionava. Não bastasse isso, houve um punhado de lesões (a última deles inclusive pegou Blake Griffin, fora desde o final de 2015 e ainda sem previsão de retorno). Para piorar, Lance Stephenson, contratado para ser uma das soluções da ala (ajudando na marcação do perímetro principalmente), não é nem sombra do atleta que foi em Indiana (e suas médias horrorosas de 4,2 pontos e 16,6 minutos de média falam por si). A campanha bateu em 10-9 no primeiro jogo de dezembro e aparentemente Doc Rivers não conseguiria dar o ar de "timaço" que muitos esperavam de sua equipe.

doc1Um mês passou, e até com certa surpresa os Clippers conseguiram se virar (apesar de no meio disso tudo terem jogado sem Chris Paul também – lesionado). Agora com 25-13, a gente percebe que foram 15 vitórias em 19 jogos, sendo nove de forma consecutiva (cinco vezes fora de casa nesta sequência inclusive). A chave para o sucesso? Ajustar o time titular com duas novas peças, melhorar absurdamente na defesa, reduzir o tempo de quadra de Lance e também de Josh Smith (este inclusive saiu da rotação – que declínio, hein…) e dar a chave para Chris Paul dirigir a equipe com toda segurança.

redickEm janeiro CP3 tem as incríveis médias de 21,8 pontos, 12,9 assistências e 5,3 rebotes. Sem Blake Griffin, seus alvos têm sido JJ Redick (16,9 pontos desde dezembro e 51% nas bolas longas – na foto) e Austin Rivers, que parece muito bem adaptado ao novo time e contribui com ótimos 14,4 pontos vindo do banco. No time titular, além do armador e de Redick estão lá DeAndre Jordan, o Mr. Lance-Livre (41% nesta temporada), Paul Pierce (utilizado em doses homeopáticas, mas contribuindo como pode com sua experiência) e o útil Luc Richard Mbah a Moute, camaronês de 29 anos que marca como poucos no perímetro e que tem força suficiente para ainda fazer as coberturas no garrafão, evitando que DAJordan fique perto da cesta sozinho.

doc2Se ainda não dá para saber o que será do Clippers no playoff (25-13_, ao menos é possível constatar que o bom basquete voltou e que a briga pelas primeiras posições do Oeste, também. O Warriors está muito na frente, o Spurs está perto em segundo lugar, mas o Oklahoma está logo ali (26-12). Resta saber se o time time conseguirá manter o ritmo até o final da temporada regular, chegando ao playoff para ir a uma inédita final de conferência. Elenco ninguém duvida que os Clippers têm.

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