Flamengo sofre no início, bate Aguada e vai a decisão da Liga das Américas

É bem difícil comentar um jogo que na metade do segundo período estava definido. O Flamengo começou bem contra o Aguada, do Uruguai, na segunda semifinal da Liga das Américas (na primeira o Pinheiros venceu Halcones e foi pra final ), abriu 15-2 logo de cara, mas parou. Os uruguaios conseguiram acionar Leandro Garcia-Morales (até então muito bem marcado), viraram a partida e chegaram a ter 25-22 de frente no segundo período.

Naquela altura, o ginásio, que não esteve cheio (arrisco 5 mil pessoas) estava um pouco calado até, apreensivo. Calado mais ou menos, né, porque a torcida do Aguada não parava de cantar um segundo só, numa demonstração lindíssima de amor ao time. Mas quando restavam 06:49 a história do jogo mudou. Izuibejerez cometeu uma falta anti-desportiva, reclamou muito e foi punido. O técnico uruguaio, Javier Espindola, perdeu completamente a cabeça, xingou os juízes de forma alucinada, levou duas técnicas e foi expulso. O Flamengo, que vencia por apertados 35-32, bateu oito lances-livres, abriu 40-32 e voltou a ter o comando psicológico da peleja. Mas não foi só.

Marcelinho Machado (foto) matou três bolas de três seguidas, Gegê conduziu brilhantemente seu time e o rubro-negro abriu absurda diferença no intervalo. Os dois times foram pro vestiário com o placar marcando 56-39. Ali todo mundo sabia que era só deixar o relógio correr que a decisão viria para o Flamengo, que terminou por vencer o duelo por fáceis 113-81, com 26 pontos do Machadão, 23 de Marquinhos e outros 19 de Olivinha.

O Flamengo segue como único invicto da Liga das Américas, mas sabe que de nada terá adiantado se perder a invencibilidade neste sábado, na final contra o Pinheiros (21h15, no FoxSports). O rubro-negro é o favorito (tem mais time, apoio da torcida e vem embalado), mas do outro lado há um time forte também. Manter os pés no chão e a cabeça no lugar fazem parte dos mantras que José Neto e seus comandados precisam seguir até a bola subir logo mais.