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Bala na Cesta

O imenso estoque de falta de competência da CBB - será que há limite?

Fábio Balassiano

18/10/2013 01h10

Na terça-feira falei aqui que o basquete brasileiro perdeu uma grande oportunidade de dar um pontapé inicial em uma nova era de sua gloriosa história com duas grandes competições em menos de 15 dias no país (Mundial de Clubes e NBA). Achei, em um ataque de otimismo (algo raro pra mim, diga-se), que a Confederação planejaria algum tipo de ação (qualquer uma) para este período magnífico para a modalidade no país, mas obviamente não houve nada.

Pior: como cereja do bolo de uma às avessas, a semana seguinte aos grandes eventos citados acima termina com a confirmação por parte da entidade máxima que a Copa Brasil Feminina está adiada tal qual foi divulgado aqui por este blogueiro com exclusividade nesta quinta-feira (minha opinião é que não será realizada em 2013, já que faltam menos de 80 dias para o fim de 2013). Como se vê, nada é tão ruim na Confederação que não possa piorar, né.

O cenário é este: Confederação Brasileira atolada em dívidas (fechou 2012 com R$ 8,8 mi no vermelho, e de acordo com Carlos Nunes o prejuízo, agora, é de R$ 6 milhões como dito a mim em Barueri há duas semanas), devendo a meio mundo (Itaú, agências de turismo, condomínio etc.) e sem nenhum planejamento para reverter a situação falimentar do basquete brasileiro em todos os aspectos (NENHUM é NENHUM mesmo!). Tendo, sempre, a acreditar nas boas intenções do pessoal da CBB, mas está difícil crer que Carlos Nunes e sua trupe realmente gostem de algo que eles violentam dia após dia com tamanha falta de visão de negócio – o basquete.

A questão que fica pra mim, sempre que vejo, leio ou divulgo os estragos que a Confederação Brasileira apronta, é: será que há limite, será que há um fim para o estoque de atrocidades por parte da CBB? Infelizmente a resposta, no atual momento, é um sonoro, triste e estridente 'não'.

Resta saber se até 2016, quando entrará um novo presidente na entidade máxima, o basquete ainda estará de pé, depois de um milhão de anos do Governor Grego e outros tantos de Carlos Nunes, atual mandatário que segue a mesma linhagem que combina falta de gestão, sucateamento das divisões de base e intermináveis micos em âmbito internacional.

Tá fácil acompanhar basquete por aqui? Não, né…

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