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Bala na Cesta

De volta à LBF, os desafios da gestão do presidente Ricardo Molina

Fábio Balassiano

30/11/2018 12h20

De volta às suas funções como presidente da Liga de Basquete Feminino após 3 meses licenciados para sua campanha política (recebeu mais de 21 mil votos, mas não foi eleito Deputado Federal em sua primeira eleição), Ricardo Molina sabe do desafio que terá pela frente pelos próximos dois anos (seu mandato termina em 2021).

À frente do principal campeonato feminino do país, Molina conseguiu dar uma bela repaginada no torneio. Profissionalizou inúmeros pontos de gestão (certificado ISO 9001, por exemplo), conseguiu fazer com que 100% das partidas fossem exibidas (TV Aberta, Fechada e Web), implantou o primeiro campeonato de enterradas feminino do planeta no Jogo das Estrelas, cresceu o número de equipes e trabalhou com as famosas contrapartidas para as equipes se motivarem a, junto com a Liga, evoluir.

Este é o aspecto de gestão, de profissionalismo, mas há um outro que eu adoro e que merece ser destacado. O projeto LBF nas Escolas levou esporte, educação e idolatria, na figura de Janeth Arcain, para mais de 23 escolas, 9 cidades e mais de 8.200 crianças conhecendo e se apaixonando pelo nosso querido basquete. Já disse aqui algumas vezes e repito: o esporte brasileiro só será realmente forte quando tiver a sua iniciação nas escolas, e o projeto da Liga de Basquete Feminino de fazer a garotada ter seus primeiros contatos com o esporte da bola laranja em seus ambientes escolares é maravilhoso e precisa ser valorizado.

Molina sabe que essa união de Gestão + Educação + Social é um grande e excepcional pilar para ajudar o basquete feminino a continuar crescendo. O lado técnico, de melhoria da qualidade do espetáculo, é diretamente impactado (consequência na veia mesmo…) do que se faz fora de quadra com profissionalismo, dedicação e aumentando o número de praticantes.

De volta ao seu cargo, espero sinceramente que ele continue nessa toada crítica de tentar melhorar o campeonato a cada segundo, mas não só dentro da quadra. Os, digamos, stakeholders, vão muito além de atletas, técnicos, imprensa e dirigentes. As crianças que hoje são "picadas" pelo amor ao basquete sem dúvida são o maior ativo que um esporte pode ter pensando em sua sustentabilidade no futuro.

Que Molina e seu time assim continuem.

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