O erro que o Brasil não pode cometer hoje - Huertas pontuar demais
No dia 7 de setembro de 2010, nas oitavas-de-final do Mundial da Turquia, Marcelinho Huertas terminou a partida com incríveis 32 pontos. No apito derradeiro, vitória da Argentina por 93-89. Em entrevista pós-jogo, o armador Pablo Prigioni (ambos na foto à direita) foi perguntado sobre o duelo e os aspectos táticos que o envolveram. Ele foi claro: "Essa era a tática mesmo. Deixar Huertas pontuar, para que os outros atletas não ficassem muito envolvidos no jogo. Fomos felizes".
BRASIL TEM 3-8 EM JOGOS APERTADOS NA ÚLTIMA DÉCADA
Na Olimpíada de 2012, nas quartas-de-final em Londres, o camisa 9 do Brasil fez 22 pontos. Placar final: 82-77 para os hermanos. Técnico argentino, Julio Lamas disse: "Nossa execução tática foi muito boa. Tratava simplesmente de fazer com que Huertas não passasse a bola, não fizesse seus companheiros jogar. O objetivo era claro: queria que o Brasil não usasse os pivôs de NBA que tinham para poder fazer um interior (de garrafão) mais igual, menos traumático para nós" (mais aqui, aqui e aqui).
Está aí um erro um erro que o Brasil não pode cometer neste domingo, 17h, quando pisar a quadra em Madrid para enfrentar a Argentina: deixar Huertas comandar as ações ofensivas apenas pontuando.
COMO ESTARÃO CABEÇA E CORAÇÃO DE MAGNANO?
O armador do Barcelona precisa ser orientado (e tomara que já tenha sido) a passar a bola, encontrar os pivôs (Nenê, Splitter, Varejão e Hettsheimeir) desde o começo, deixando claro que Luis Scola terá que trabalhar com muita força também na marcação (e essa "dupla jornada" física diminuiará sua sanha ofensiva) e que o time de Rubén Magnano explorará ao máximo a grande deficiência rival (a pouca efetividade dos homens perto da cesta). A isca que Julio Lamas jogou em 2012 certamente será lançada novamente hoje. É importante não mordê-la novamente.
Deter Luis Scola, como disse na sexta-feira, é fundamental, básico, imperativo para vencer logo mais. Colocar os pivôs brasileiros em jogo, em condição de pontuar e incomodar Scola na defesa, também. E esta segunda parte passa pela estratégia de deixar Huertas neste domingo como um grande facilitador das ações brasileiras (e menos como pontuador).
TODOS OS NÚMEROS DE SCOLA CONTRA O BRASIL
Pode parecer simplista, mas os argentinos tentarão ao máximo tirar a pressão de Scola diante de Nenê, Splitter, Varejão e Hettsheimeir colando o armador aos pivôs de Magnano para que a bola não chegue. Partir, como foram nos dois últimos duelos, em direção à cesta é um erro que Huertas e o Brasil não podem cometer logo mais se quiserem vencer seu primeiro jogo eliminatório neste século.
Vamos lá, chegou a hora definitiva para palpitar: quem vence logo mais? Brasil ou Argentina? Comentem!
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