Foi um jogaço de tirar o fôlego – e de tirar os nervos com uma arbitragem pra lá de polêmica no final. Em Pequim, na China, Espanha teve sangue frio ao jogar atrás no placar o segundo tempo quase inteiro, fez 95-88 na Austrália em duas prorrogações e está em sua segunda final de Mundial masculino de basquete (na outra, em 2006, conquistou o título). Na decisão, os europeus aguardam o vencedor de Argentina e França, que medem forças às 9h de Brasília. Com 33 pontos, Marc Gasol foi o cestinha da partida.

A decisão pela primeira vaga na final do Mundial, assistida por lendas como Manu Ginóbili e Kobe Bryant em Pequim, lembrou bastante a decisão do bronze entre Espanha e Austrália no Rio-2016, quando também com arbitragem polêmica os espanhóis levaram a medalha pra casa – e os australianos reclamaram bastante dos juízes na época.

No final do tempo normal, dois lances-livres polêmicos marcados a favor de Marc Gasol, e logo depois mais dois em Patty Mills (converteu apenas um) levaram a partida a prorrogação – muita gente não viu falta em nenhum dos dois lances. Ricky Rubio quase acertou do meio da quadra, mas a bola bateu no bico do aro e fomos a prorrogação. No primeiro tempo extra, outra falta em Gasol, que converteu dois lances para empatar o duelo. Matthew Dellavedova ainda teve a bola pra matar o duelo, mas não converteu.

Na segunda prorrogação, Sergio Llull apareceu ao converter duas bolas de três consecutivas, dar tranquilidade a Espanha, que fechou o duelo em 95-88 pra tristeza dos australianos, que vinham invictos e confiantes após baterem rivais fortíssimos como França e Lituânia pelo caminho.

Patty Mills foi bem pela Austrália com 32 pontos, mas no final ele foi muito bem marcado pelos espanhóis, que ainda viram Ricky Rubio sair-se com 19 pontos, 12 assistências e 7 rebotes em mais uma atuação muito boa.