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Ídolo dos dois finalistas do NBB, Vitor Benite fala sobre Franca e Flamengo

Fábio Balassiano

18/05/2019 12h20

Aos 29 anos, Vitor Benite vem tendo uma temporada diferente em sua vida profissional. Depois de assinar com o Cedevita Zagreb em 2018, ele retornou a Espanha no começo de 2019 após rápida passagem em solo croata. No seu Burgos, tem 12 pontos de média e ajudou a guiar o time a uma boa campanha na Liga ACB para um novo entrante em um mercado pra lá de concorrido. Mesmo longe do playoff, seu clube não passou sustos e permanecerá na elite espanhola para 2019/2020.

De longe, o blog conversou com Benite, que jogou pelos dois finalistas do NBB dessa temporada. Por Franca, ele foi vice-campeão em 2011, a última decisão francana até 2019 aliás. Pelo Flamengo, o ala-armador foi campeão do NBB em 2013, 2014 e 2015. Em 2014, a mais emocionante. Vitor rompeu o ligamento cruzado do joelho no terceiro jogo da temporada e só retornou na finalíssima contra o Paulistano, quando saiu do banco para fazer seu único jogo do playoff daquele ano e ser decisivo em uma final duríssima. Em 10 minutos, perfeição nos arremessos (3/3) e 8 pontos decisivos nos 78-73 daquele 31 de maio de 2014.

O blog conversou com ele sobre seleção, Espanha, Franca, Flamengo e pediu um palpite a ele sobre a decisão.

BALA NA CESTA: Em primeiro lugar, como tem sido a sua temporada aí no Burgos? Você saiu do Murcia, trocou de país mas retornou a Espanha ainda nessa temporada.
VITOR BENITE: Essa temporada aqui em Burgos vem sendo ótima. Quando eu e Augusto Lima chegamos o time estava brigando para sair da zona de rebaixamento, a gente conseguiu até as duas últimas rodadas entrar nos playoffs e para uma equipe que está no segundo ano da Liga ACB é algo bem especial para o clube e pros torcedores. As mudanças que tive, ter ido pra Croácia e não ter dado certo lá, e essa volta atrapalham um pouco a cabeça do jogador, mas o fato de voltar para a Liga ACB me deixou muito contente. Me sinto em casa, já conheço e foi a opção correta ter assinado com o Burgos.

BNC: Em muito breve teremos o mundial na China e você estará com a seleção. Depois do grupo definido, qual a sua expectativa pro campeonato?
BENITE: Expectativa é ótima. O Mundial é um nível muito alto. Depende muito da preparação que você faz com a sua seleção, porque lá o campeonato não permite erros, deslizes. Esperamos fazer uma boa preparação para chegar próximo ao 100% logo no começo do Mundial, ainda mais que nosso grupo é extremamente complicado.

BNC: Falando do NBB, teremos agora uma final entre Franca e Flamengo, dois times que você jogou muito bem aqui no Brasil. Você tem acompanhado? Qual a expectativa pra decisão?
BENITE: Tenho acompanhado, sim, o NBB, mas obviamente que pelos horários, o fuso, fica meio difícil. As 2 equipes que chegaram na final mereceram. Franca e Flamengo foram muito bem no NBB, tiveram muita regularidade, e acho que como todos torço para que essa série seja longa, emocionante e que tenhamos bons jogos.

BNC: Uma pergunta sobre cada time. Franca chega a decisão 8 anos depois e você estava naquele time de 2011 derrotado por Brasília na final. O que você lembra daquela temporada, daquele confronto e quão ansioso você acha que o público de lá está pra essa final?
BENITE: Lembro bem daquele ano. Acho que a nossa equipe se encontrou. Fizemos um ano bom em 2011, e tivemos duas séries de playoff muito incríveis contra São José e Flamengo. Na final acabou que Brasília jogou melhor, ainda mais no segundo jogo da série em Franca em que o Giovannoni fez uma partida incrível. Eles abriram 2-0 na série, foi difícil virar e acho que acabou deixando um gostinho de quero mais na torcida de Franca, infelizmente. Imagino que a ansiedade dos torcedores seja muito grande nestes dias que antecedem as finais. Eles são muito apaixonados.

BNC: Você foi campeão de tudo pelo Flamengo, mas falando de NBB há uma memória incrível que é a final contra o Paulistano que você retorna de lesão no joelho pra ser decisivo no jogo final, o seu 1° em 8 meses. É um dos momentos mais especiais da sua carreira, não? O que mais você lembra daquela decisão e temporada?
BENITE: Sem dúvida foi um dos momentos mais especiais de toda a minha vida. Passei não só pela lesão, mas quando estava próximo de voltar às quadras eu peguei dengue, tudo parecia conspirar para eu não voltar a jogar rápido. Fizemos uma preparação, junto a comissão técnica, muito forte, muito focada para retornar e estar bem quando retornasse. Tive a confiança do Neto, o técnico, e de todos do time para entrar, ajudar e sair bem naquele jogo. Foi muito melhor do que imaginava, muito especial, muito mesmo. Pessoalmente falando eu estava lutando contra mim mesmo e naquele jogo final contra o Paulistano parecia que era uma vitória minha não especificamente pelo título, mas por ter retornado às quadras.

BNC: Por fim, arrisca algum palpite pra final?
BENITE: (Risos) Nessa aí você me complica. Pelo carinho que tenho pelos dois times prefiro não deixar palpite. Os dois times têm muita qualidade. Eu só espero que seja uma grande série, uma grande final. Vou ficar olhando de longe e sendo político nessa, Bala.

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