O NBB tem um campeão inédito. E o primeiro campeão da capital de São Paulo de sua história. Fora de casa e em jogo eletrizante, o Paulistano fez 82-76, venceu Mogi em um ginásio Hugo Ramos lotado, fechou a série por 3-1 e conquistou o troféu do principal campeonato de basquete do país pela primeira vez em sua história. Jimmy foi o cestinha da partida decisiva com 28 pontos. O pivô Guilherme Hubner foi eleito o melhor jogador das finais (MVP).

A conquista coroa o excepcional trabalho de Gustavo de Conti, um treinador de mão cheia, destemido, inconformado e totalmente alucinado pela melhoria contínua de seus atletas, a continuidade de um clube que após dois vice-campeonatos (2014 e 2017) não desistiu de seguir tentando e de atletas "forasteiros", como Lucas Dias, Deryk Ramos, Elinho, Jhonathan, entre outros, que buscavam um troféu gigante pra sedimentar as suas carreiras. Vale lembrar, também, que o Paulistano fecha a temporada exatamente como começou – com uma taça, já que venceu Franca também fora de casa para sagrar-se campeão paulista também pela primeira vez em sua história.

O primeiro período foi absurdamente equilibrado. Mogi abriu 10-2 logo de cara, inclusive com o técnico do Paulistano, Gustavo de Conti, dando uma sonora bronca em Lucas Dias, mas a equipe da capital de São Paulo logo reagiu e empatou a parcial em 23 após 10 minutos.

O melhor jogo da série continuou em ritmo alucinante na segunda parcial, e a melhor rotação do Paulistano fez com que a vantagem pendesse a favor dos visitantes. Com 31-24, o time do técnico Gustavo de Conti foi pro intervalo vencendo por 54-47 com 11 pontos de Hubner e 10 de Yago (pelos mandantes, Jimmy tinha brilhante atuação com 15 pontos).

A volta do intervalo manteve o panorama do segundo período. Mogi estava nervosíssimo, o Paulistano se aproveitava e abria diferença. Mais uma vez Yago se destacava com suas infiltrações rapidíssimas e contra-ataques fulminantes. Ao final de 30 minutos, liderança dos visitantes por 67-58. O título se aproximava.

Nos últimos dez minutos Mogi esboçou reação, teve inúmeras posses de bola para empatar a partida, mas bola final no último minuto de Elinho definiu um novo e inédito campeão do NBB. Antes do cronômetro soar, mais drama, com posses de bola alternadas até o chute errado final de Shamell.

Com 82-76, o Paulistano fechou a série em 3-1, se sagrou o vencedor do NBB após dois vice-campeonatos e se coloca definitivamente entre os grandes clubes de basquete do país.

Parabéns a Mogi pela grande temporada, mas muitos, muitos parabéns mesmo a comissão técnica, jogadores e o clube Paulistano, que hoje em dia tem um dos melhores programas de basquete do país.

Um texto longo sobre Gustavo de Conti especialmente sairá em breve no blog.