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Narrador Andre Henning garante emoção nas Copa Américas, exclusivas do Esporte Interativo

Fábio Balassiano

25/07/2017 12h00

Pra quem acompanha basquete, esta temporada reserva uma grande novidade. Os Canais Esporte Interativo exibirão as duas Copa Américas com exclusividade. A competição feminina começa em 6 de agosto, a masculina em 25 do próximo mês e se tem alguém se preparando é o narrador Andre Henning, um dos principais nomes da emissora que recentemente adquiriu o pacote de torneios da Federação Internacional.

O blog conversou com André, que em 2011 foi uma das principais vozes da classificação masculina às Olimpíadas depois de 16 anos e um dos principais narradores do país na atualidade. Ele falou das expectativas pras competições, da marca registrada do canal (a emoção) e também de sua relação com o basquete.

BALA NA CESTA: Qual a perspectiva pra voltar a narrar basquete pelo Esporte Interativo?
ANDRE HENNING: As melhores e maiores possíveis. O basquete faz parte história do canal e estávamos com saudade. Basquete, normalmente, já é um esporte emocionante, o que o torna ainda mais "televisivo", ótimo de narrar. E o fato de envolver a Seleção Brasileira torna ainda mais fantástico esse momento. O torcedor brasileiro adora basquete e, claro, nós também!

BALA NA CESTA: O canal é bastante conhecido pelas transmissões de futebol, mas agora comprou esse pacote de competições da FIBA. Podemos esperar um maior número não só de jogos, mas de espaço pro basquete na grade de programação?
ANDRE HENNING: Sem dúvidas! Nós estamos sempre cobrindo e divulgando esportes diferentes de futebol. Uma curiosidade é que a primeira transmissão da marca Esporte Interativo, ainda na Rede TV!, foi um jogo da NBA, com o Nenê, no Denver. Temos história de grandes transmissões, não só de basquete, mas por exemplo do handebol, com os dois Mundiais que mostramos com exclusividade, incluindo o título inédito do Brasil. Temos um selo, o Brasil de Ouro, que nos acompanha há muitos anos e que acompanha, com muito carinho, esportes diferentes do futebol. Todas as competições de basquete de Seleções estarão aqui e serão tratadas de uma forma muito especial.

BALA NA CESTA: Sua voz ficou muito conhecida entre os fãs de basquete em 2011, quando a seleção masculina conquistou vaga na olimpíada de 2012, retornando aos Jogos depois de 16 anos. Quão mercante foi pra você também ter feito parte daquele momento? Há alguma história que você não tenha contado daquelas transmissões que possa contar agora pra gente?
ANDRE HENNING: Foi, sem a menor sombra de dúvida, um dos pontos altos da minha carreira. Acho que o que mais me marcou naquela cobertura foi voltar a ter contato com um dos esportes que mais pratiquei na vida. Hoje, meus companheiros de time, lá de Salvador onde morei por muitos anos, se reúnem duas vezes por semana para jogar basquete. Eu, claro, quando estou por lá, marco presença. Mas em 2011, eu estava meio afastado da prática do basquete. E viver aquele Pré-Olímpico me deu muita motivação para voltar a jogar. E o começo desse resgate foi dentro do próprio Esporte Interativo, em quadras espalhadas pelo Rio de Janeiro, de onde foi transmitida a competição. Foi muito legal! O Pré-Olímpico serviu para despertar em mim, de novo, a paixão pela prática do esporte! Agora, também teve a história dos bolões que fazíamos na redação para ver quem faria a primeira cesta da partida. Era muito engraçado – eu, Miguel Angelo da Luz, Luan Knaya, a galera da produção, todo mundo pegava um jogador para fazer a primeira cesta e ficávamos torcendo, inclusive no ar! Foi sensacional! Aposto que faremos de novo agora!

BALA NA CESTA: O basquete brasileiro tem tentado passar uma nova imagem, com a chegada da nova gestão da CBB e os crescimentos do NBB e da NBA no Brasil. Como você acha que um "canhão" como o Esporte Interativo, tanto na TV como nas redes sociais, pode contribuir para o basquete?
ANDRE HENNING: Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar o basquete brasileiro nesta nova fase e isso inclui aumentar a exposição dele. Sabemos que podemos contribuir bastante para que uma competição seja bem sucedida e tenha relevância. Basta ver o que fizemos e continuamos fazendo com a Copa do Nordeste. Com a nossa ajuda, tornou-se uma competição que é referência no futebol brasileiro. Quando investimos nos direitos da Seleção Brasileira de basquete, pode ter certeza que não pensamos somente na possível audiência que esses jogos vão nos dar na TV. Olhamos o projeto, abraçamos uma causa. É uma contribuição importante pro esporte brasileiro. Já conseguimos, inclusive, ajudar a viabilizar amistosos tanto pra Seleção Feminina quanto para a Masculina. O Basquete pode ter certeza de que tem um parceiro que acredita nele e está disposto a contribuir bastante. (Nota do Editor: serão quatro amistosos, um do do feminino (1/8) e três do masculino (19, 20 e 21/8)

BALA NA CESTA: Quem acompanhar as transmissões da emissora pode esperar exatamente o quê nestas duas Copa América? Uma das marcas do canal é a emoção, você chega a falar isso durante os jogos de futebol inclusive, e imagino que irão imprimir a mesma coisa nos de basquete…
ANDRE HENNING: Exatamente a mesma coisa das nossas transmissões de futebol. Com um "agravante": o Brasil, o nosso país, vai estar em quadra! Então, sim, podem esperar uma transmissão carregada de torcida para o Brasil. Sem deixar toda a análise isenta que os comentaristas farão, que eu farei, não tenham dúvidas que o Esporte Interativo será Brasil sempre! E faremos questão de mostrar isso!

BALA NA CESTA: Dos jogos de basquete, qual é aquele que você tem maior lembrança? Quais eram seus ídolos de infância, seu time de NBA, essas coisas?
ANDRE HENNING: Caramba, na época que eu jogava claro que era o Oscar, nosso ídolo maior. Mas, como eu morava em Salvador nesse tempo, gostava muito do Israel também, por ser baiano! Até que mudei para os EUA e pintou na minha vida o Washington Bullets! Naquela época, o nome do time era um "branquelo" chamado Rex Chapman, grande arremessador. Mas o time era muito ruim. No entanto, como fui muitas e muitas vezes ao Capital Centre para assistir o Bullets jogando (e geralmente perdendo), rapidamente virou meu time de coração. Éramos sempre as mesmas pessoas no ginásio, tipo time de bairro. Então, virou amor! E essa paixão sobreviveu a anos e anos de times fracos, a distância (depois que voltei para o Brasil e ainda não tinha NBA League Pass) e também a mudança de nome para Wizards. Hoje, assisto praticamente todos os jogos do time, leio o Washington Post diariamente para saber o que acontece nos bastidores, acho o John Wall espetacular e devo ser uma das únicas pessoas do planeta a achar que um dia ainda verei o meu time campeão da NBA.

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