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Quais nomes se candidatam a técnico da seleção feminina que em um mês disputa vaga pro Mundial?

Fábio Balassiano

25/06/2017 06h00

A suspensão da Confederação Brasileira caiu (ao menos por dois meses, como disse a FIBA em comunicado esta semana), e está na hora agora da CBB escolher os técnicos de suas seleções que jogarão as Copa Américas neste ano. Por incrível que pareça, a masculina nem é tão importante assim, já que as vagas para a Copa do Mundo da China de 2019 começam ser jogadas naquele sistema maluco de eliminatórias durante a temporada a partir de novembro / dezembro. O bicho "pega" mesmo com as meninas.

Entre 6 e 13 de agosto em Buenos Aires acontece a Copa América feminina que garante 3 vagas para um Mundial que não acontece em 2019 e que precisa de eliminatórias. A competição mundial feminina será em 2018 e é através do torneio continental que sairão os três representantes da Américas para o torneio que será disputado no ano que vem na Espanha. Vale lembrar que os Estados Unidos já estão classificados graças a conquista do ouro olímpico no Rio de Janeiro na Olimpíada.

E aí fica a pergunta: quais as opções no mercado para ser técnico da seleção feminina adulta que jogará a Copa América praticamente daqui a um mês? Algumas ideias surgem e coloco abaixo:

a) Técnicos do mercado brasileiro adulto feminino -> Aqui os nomes mais plausíveis são os de Antonio Carlos Vendramini e Roberto Dornelas. Finalistas das últimas Ligas de Basquete Feminino (LBF), eles têm dominado o cenário interno há tempos e conhecem bastante as atletas daqui.

b) Técnicos do feminino adulto mas fora do mercado -> Antonio Carlos Barbosa e Miguel Angelo da Luz são os mais conhecidos e com currículos mais laureados neste grupo. Barbosa dirigiu a seleção na pífia campanha da Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro, mas foi medalhista de bronze em 2000 na Olimpíada de Sydney. Miguel, campeão mundial em 1994 na Austrália.

c) Técnicos da base feminina -> Cristiano Cedra e Anne de Freitas Sabatini são muito bons treinadores da base, estudiosos e com bastante vontade de crescer. Alçá-los a condição de técnico de uma seleção adulta seria, porém, um risco pois a experiência deles com times profissionais é bem pequena.

d) Alguém atualmente no masculino mas com passagem pelo feminino -> Pode parecer doideira, mas neste grupo se enquadrava, anos atrás, Miguel Angelo da Luz, que nunca havia dirigido um time profissional de basquete feminino quando assumiu a equipe nacional pro Mundial de 1994. O resto é história, né? Um bom nome neste grupo atualmente atende pelo comandante do Pinheiros no NBB. César Guidetti foi assistente de Paulo Bassul por muitos anos na seleção feminina, conhece o esporte das meninas e fez excepcional campanha com o Pinheiros no último NBB, quando levou seu time à semifinal.

Sinceramente eu iria nesta última opção. Obviamente cercando César Guidetti ou qualquer outro nome desta linha da letraD com uma comissão técnica experiente e atuante no feminino. Por uma nova era no feminino seria importante trazer novos métodos, uma nova maneira de ver o jogo, treinamentos mais fortes e uma exigência que já é vista no masculino por aqui há tempos. Não veria a sua contratação como irreal ou loucura, não.

Pode parecer bobo, já que a concorrência nas Américas para o basquete feminino não é tão forte assim, mas não vale dar mole, não. A modalidade das menina no Brasil está em um momento tenebroso, terrível, e Canadá e Argentina já estão treinando há tempos para o torneio do próximo mês. Que a CBB defina seu técnico, abra rapidamente o seu Centro de Treinamento em Campinas para os treinamentos e inunde as meninas com amistosos de alto nível.

Qualquer dia a mais sem treinos é um a menos rumo a excelência técnica e tática que elas tanto precisam. Vale dizer que a final da LBF foi no dia 02 de maio de 2017, ou seja, há quase 2 meses que as meninas não jogam uma partida oficial.

No governor Carlos Nunes era um problema imenso que as meninas passavam em todas as temporadas, jogando amistosos ruins, se preparando mal. A consequência eram apresentações desastrosas e resultados terríveis. Perder tempo é um erro que essa gestão nova não pode repetir.

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