No final de 2015 uma união parecia que ajudaria o basquete feminino a sair da lama em que se encontra há tempos. A Liga de Basquete Feminino (LBF) passaria a ser organizada pela Liga Nacional, que administra e realiza com maestria o NBB, a Liga Ouro (segunda divisão) e a Liga de Desenvolvimento Sub-22.

Menos de dois anos se passaram, e a LBF decidiu mudar a direção. A partir da agora a Liga Feminina fará "voo solo", ou seja, organizar, administrar e promover o campeonato sozinha a partir de agora. Não há, portanto, mais nenhum vínculo entre ela e a Liga Nacional de Basquete visando os próximos campeonatos que serão realizados no país. A informação foi confirmada ao blog em primeira mão pelo presidente da LBF, Ricardo Molina.

"Tomamos essa decisão em conjunto com os demais clubes por acreditar que precisamos seguir o nosso caminho com as próprias pernas. Será um desafio, sem dúvida alguma, mas queremos nos dar a chance de superá-lo. Agradeço o apoio de todos na Liga Nacional de Basquete, que sempre deu todo suporte, mas creio ter chegado a hora de cuidarmos do basquete feminino de forma única, exclusiva e como o produto mais importante das nossas vidas. A situação é crítica e precisamos de todo foco para ajudarmos a modalidade", afirmou Molina em contato com o blog.

Molina não fala abertamente, mas seu sonho de consumo é colocar na temporada 2017/2018 um campeonato com mais de 10 clubes (no último torneio foram apenas seis), com uma duração mais extensa (4 meses em 2017), com foco em entretenimento e mais espaço para patrocinadores (leia-se exposição na TV).

Molina também confirmou que, para evitar qualquer conflito de interesse, o time de Americana do qual ele era o mandatário principal, passa a ser administrado por Antonio Carlos Vendramini, o técnico da equipe atual campeã da LBF, e por Karla Costa, atleta do time.