Histórias sortidas e necessárias para o Final Four da Euroliga
Fábio Balassiano
18/05/2017 13h00
A primeira coisa que mudou foi o formato. Após a FIBA tentar uma ofensiva, criando a Basketball Champions League para retomar o posto de principal liga da Europa (sabia mais aqui, aqui e aqui), a Euroleague, que é independente, mudou seu formato, com mais dinheiro circulando, um calendário mais apertado, que inclui mais de um jogo por semana em certas datas, agora com uma temporada regular em que todos os times se enfrentam em dois turnos, mantendo o formato dos Playoffs pra frente. Dos 16 totais, 8 avançam de fase.
Em termos individuais, Sergio Llull é o favorito ao prêmio de MVP. Finalmente virou o líder de sua equipe, conquistando bolas decisivas adicionado a um estilo de jogo agressivo e veloz. Nando De Colo continua a lidera o CSKA. Após ser o MVP da temporada passada, segue como pontuador mais eficiente da Europa (19.4 pontos, 4 assistências, 53% nos arremessos de quadra, 44.7% nas bolas de três pontos e 95.6% nos lances livres), mesmo que Teodosic encha a Internet de jogadas de efeito. Milos, cada vez mais inclinado a ir para a NBA, entrou no segundo time ideal e vive o momento mais sólido da carreira, embora continue péssimo defensor.
Defensivamente, o ex-Clippers e Warriors Ekpe Udoh bateu recordes de tocos em suas duas temporadas e mostrou grande evolução sobre as mãos de Zeljko Obradovic no Fenerbahçe, líder da equipe e melhor pivô do torneio, já que vimos a pior versão possível de Ante Tomic, todo apático. Quem ganhou o prêmio de melhor defensor foi Adam Hanga, favorito da temporada passada, mas que acabou ficando com Kyle Hines (CSKA). O ala húngaro tem seus direitos ligados ao San Antonio Spurs na NBA e tudo indica que vai para a NBA já em 2017-2018, ele que é o jogador mais atlético da Europa ao lado do também ala Will Clyburn (Darussafaka Dogus).
Em termos de jovens, além da explosão de Luka Doncic ao estrelato, que botou um monte de marmanjos selecionáveis menos relevantes para o Real Madrid, os destaques foram Bogdan Bogdanovic (pontuador mais versátil do torneio), o ala Marko Guduric (que joga com confiança de dar inveja a Dion Waiters), Sasha Vezenkov (ala-pivô búlgaro que tem tudo para ser escolhido no Draft pelo seu chute rápido) e o pivô Ante Zizic (reboteiro feroz selecionado pelo Celtics no Draft de 2016). E babem com o próximo vídeo:
E se uma coisa não mudou, foi o fato de Vassilis Spanoulis e Georgios Printezis ainda serem os líderes do Olympiacos, que colecionaram bolas decisivas e basquete maduro para levar seu time ao Final Four.
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