No All-Star Game, a notícia mesmo é a troca de DeMarcus Cousins para o Pelicans
Fábio Balassiano
20/02/2017 08h30
O pivô DeMarcus Cousins, que não por coincidência jogou apenas dois minutos na noite de ontem pelo Oeste, foi trocado pelo Sacramento Kings minutos depois de a franquia ter avisado ao agente do atleta que não o despacharia para lugar algum. Não rolou, e Cousins irá para… Nova Orleans mesmo (não vai nem precisar fazer a mala). Jogará no Pelicans ao lado de Anthony Davis. O Sacramento recebe os alas Tyreke Evans, que já foi da equipe anos atrás inclusive, e Buddy Hield, além do armador Langston Galloway, uma escolha de primeira rodada deste ano (protegida em caso de Top-3 se for do New Orleans) e outra de segunda rodada também em 2017. Junto com Cousins vai para o Pelicans o ala Omri Casspi. O Lakers estava na jogada, mas desistiu ao ouvir o pacote pedido pelo Sacramento (Brandon Ingram, o calouro, inclusive).
Vamos analisar a troca sob a perspectiva dos três principais envolvidos: Pelicans, Cousins e Kings. Vamos lá:
Vem, então, DeMarcus Cousins, que formará com o Monocelha um dos garrafões mais poderosos da NBA na atualidade. Cousins é disparado o melhor pivô da liga há no mínimo dois anos. Davis, o ala-pivô mais promissor e com possibilidade de ser dominante ao extremo. Uma bela e animada união, não resta dúvida. Apenas como fatos relevantes, fico curioso com duas coisas: a) Cousins poderá ser agente-livre em 2018. Se ele sair de Nova Orleans no próximo ano, muito provavelmente a troca não terá valido a pena; b) Em uma liga cada vez menos jogando com dois jogadores grandes perto da cesta (às vezes sem nenhum…), como ficará a armação tática do Pelicans com Cousins + Davis lutando por espaços no garrafão? Lembrando que o técnico do New Orleans é ninguém menos que Alvin Gentry, um dos maiores incentivadores do small-ball (jogo com quatro abertos). O duo conseguirá coexistir tranquilamente? Acredito que sim, mas quero ver esta arrumação na franquia da Lousiana.
Caso coloque a cabeça no lugar, pense apenas no basquete e em quão dominante ele poderá continuar a ser, tem tudo para formar um dupla absurdamente explosiva e disparada a melhor de garrafão da atualidade. Cousins tem 26 anos, não é mais nenhum garoto e está na hora de se tornar um líder real (não só nos pontos) de um time que brigue por coisas grandes.
Concorda com a análise? Cousins será genial com Davis no Pelicans? Ou pode dar errado? Comente aí!
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