Aconteceu ontem em São Paulo a segunda edição do NBB Marketing Summit (a primeira você relembra como foi aqui), evento voltado para o mercado publicitário que contou com mais de 400 profissionais de empresas e agências de marketing esportivo. A ideia era apresentar, com dados, tudo o que já foi conquistado pela Liga Nacional desde a sua criação em 2008 e gerar confiança para que cada vez mais investidores apoiem o produto (matéria em vídeo da LNB aqui).
O NBB Marketing Summit, cujo tema deste ano foi "A Magia do Basquete", contou com performances divertidas do grupo Universo Casuo, e teve palestras de Alvaro Cotta (Gerente de Marketing da Liga Nacional de Basquete), Arnon de Mello (Vice-Presidente da NBA para a América Latina), José Colagrossi (Diretor-Executivo do Ibope Repucom), Emilio Collins (Vice-Presidente executivo de parcerias globais da NBA – na foto ao lado) e Marie Sornin (Chefe de desenvolvimento internacional e parcerias de conteúdo do Twitter). Nos próximos dias, aliás, você verá entrevistas interessantes por aqui com Álvaro, Arnon, Colagrossi e também com Gustavo de Mello, Vice-presidente de Marketing, Estratégia e Integração da NBA e que também estava em São Paulo. Todos falarão ao blog um pouco mais sobre marketing, estratégia, assuntos que estarão cada vez mais presentes neste espaço.
Para mim, o que mais chamou a atenção de todo evento de ontem é quão grandioso é o trabalho, correto, crível (no sentido de acreditar em seu conteúdo) e organizado, da Liga Nacional de Basquete desde a sua fundação em 2008. Álvaro Cotta, Gerente de Marketing da LNB, colocou logo de cara em sua ótima apresentação a linha do tempo (foto ao lado) desde a criação da entidade e fiquei pensando em tudo o que foi atingido em tão pouco tempo. Acho, sinceramente, que até a LNB vende pouco os seus (grandes) feitos. Se para quem acompanha, como eu, de perto nem sempre isso tudo é visível, relembrado, imagina para quem ainda não segue de perto os passos do basquete interno? Vale lembrar que tudo o que foi alcançado veio literalmente do zero, do nada, o que só aumenta o tamanho da transformação acontecida na modalidade através dos clubes.
Então vale, aqui, tangibilizar, sim. São três campeonatos criados por ela (NBB, Liga Ouro e Liga de Desenvolvimento), parcerias estratégicas firmadas (Ministério do Esporte primeiro e depois a NBA), quatro parceiros vigentes no campeonato atualmente (Spalding, Avianca, Sky e Caixa), transmissões em Web, TV Aberta e TV Fechada, e títulos em sequência nos campeonatos continentais. Não é pouca coisa, não. Vale falar, também, dos dados das redes sociais da Liga Nacional. Foram mais de 9,7 milhões de visitas ao site oficial na temporada 2015/2016, já são 375 mil curtidas no Facebook (a quinta maior página de Ligas de basquete do planeta), quase 50 mil seguidores no Twitter e mais de 62 mil no Instagram. É muita gente.
Quem acabou dando a chancela numérica para a Liga Nacional perante os possíveis patrocinadores foi José Colagrossi, do Ibope Repucom. Com inúmeros dados, Colagrossi mostrou quão vantajoso é o retorno sobre o investimento para quem apoia o NBB e que a base de fãs (38%) e superfãs (15% dos famosos viciados) de basquete e do NBB cresce a cada ano, tendo atingido em 2016 o seu maior patamar graças a 205 horas de exposição em TV e as mais de 100 transmissões ao vivo e mais 90 reprises em televisão e em Web. O Sportv, inclusive, registrou aumento de audiência de mais de 85% em relação a 2014/2015.
Com todos estes dados o basquete se coloca entre os três maiores esportes do país (junto com futebol e vôlei) e com chance imensa de crescimento graças a explosão da NBA e também com a maior organização possível dentro da Liga Nacional. Segundo dados do Ibope, atualmente são 9 milhões de internautas brasileiros que se declaram como fãs da modalidade. Este, aliás, é o grande dever de casa que a Liga Nacional tem daqui pra frente: como capturar o fã da NBA para o NBB e encontrar a melhor forma de se comunicar com o universo jovem (até 29 anos). Para uma plateia recheada de tomadores de decisão de empresas e agências, foi realmente impactante ver tantos bons números e feitos alcançados em quatro horas de evento.
Por fim, vale explicar como essas situações de aporte financeiro funcionam exatamente. No mundo corporativo é assim: a empresa que deseja investir precisa de inúmeras justificativas internas para fazer o aporte de patrocínio. Precisa mostrar o motivo, o retorno, o porquê, como aquilo (o patrocínio) está alinhado à estratégia da organização e muito mais. Se no Ano I do NBB Marketing a intenção foi apresentar as credenciais, em 2016 o objetivo foi mostrar quão vantajoso pode ser para o patrocinador estar ao lado de um produto organizado, com credibilidade, governança, com um parceiro de peso (a NBA) e em largo crescimento. Objetivo alcançado em São Paulo nesta terça-feira. Vejamos os próximos passos de Liga Nacional e também do NBB. Prometem ser animadores.