Há 20 anos Seleção Feminina conquistava prata em Atlanta e se despedia da genial Hortência
Fábio Balassiano
04/08/2016 02h00
Aquele torneio olímpico de Atlanta também marcou a despedida de Hortência do basquete (e consequentemente da seleção brasileira. Veja no vídeo abaixo:
Era leve para perfurar as defesas nas infiltrações, cerebral no um-contra-um, letal nos arremessos longos, concentrada nos lances-livres (seu ritual é conhecido até hoje…) e fria nos momentos cruciais dos jogos.
Pouca gente lembra, mas na Olimpíada de 1996 ela tinha acabado de ser mãe de João Victor, que, 20 anos depois, disputará as provas de adestramento no Rio-2016. Mesmo assim teve 13,3 pontos de média (dois jogos de 20 pontos, inclusive o da semifinal contra a Ucrânia, quando não deu a menor chance para Maryna Tkachenko). Dois anos antes, no Mundial de 1994, Hortência teve 27,7 pontos de média, anotando 20+ pontos em TODOS os oito jogos daquela competição (foi eleita a melhor do campeonato, claro).
Hortência é sem dúvida alguma uma das melhores atletas que o basquete já viu em todos os tempos. Uma das mais completas, uma das mais complexas de se desvendar dentro de uma quadra de basquete. Uma das mais imarcáveis de todos os tempos. Daqueles gênios que surgem de 100 em 100 anos. Ela saiu da seleção há 20 anos. O basquete brasileiro nunca mais foi o mesmo.
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