Há um ano na NBA, Cristiano Felício projeta próximos passos no Bulls
Fábio Balassiano
07/07/2016 01h25
Mas Cristiano queria mais. Queria que sua história não fosse breve na NBA. No banco no começo do campeonato, o brasileiro absorveu conhecimento e colocou em prática tudo o que viu e ouviu no último mês da temporada 2015/2016. Se para o Bulls foi frustrante ao não chegar aos playoffs pela primeira vez em oito anos, para Felício foi a hora de mostrar serviço. Deu certo. Os 7,9 pontos, 5,9 rebotes e os 59% de aproveitamento nos arremessos em 19,4 minutos (foram dois jogos seguidos com 16 pontos aliás) deram confiança a equipe para mantê-lo.
CRISTIANO FELÍCIO: Os meus dias aqui em Chicago estão sendo muito bons. Estou treinando bastante tanto a parte física quanto a de quadra mesmo. Eles estão focando bastante no meu jogo de pick-and-roll. Os técnicos aqui dizem que eu vou muito bem neste tipo de jogada e o time quer explorar isso. Além disso, tenho treinado bastante os arremessos de média distância, algo que pode ajudar muito ao time. Como era com o Pau Gasol, por exemplo, no passado. Tenho tentado evoluir nas bolas de três também. No começo da temporada não deve ser o que mais vou fazer na quadra, mas quero estar preparado e evoluindo em todas as partes do meu jogo.
BNC: Você chegou ao Bulls em 2014/2015 sem ter passado pelo Draft, ganhou contrato pouco antes da Liga de Verão, mas não sabia se iria ficar por muito tempo. Os meses passaram e você terminou o campeonato como uma grata surpresa. Como é voltar para a sua segunda Liga de Verão com uma perspectiva bem diferente. Há muito mais expectativa em cima do que você pode render, não?
FELÍCIO: É verdade sobre a minha defesa. Eu vi alguns técnicos mesmo falando sobre minha marcação logo que cheguei. Eu vinha de jogo internacional (FIBA) e é muito diferente daqui da NBA. Era o meu forte e foi apenas uma questão de adaptação entre o que eu já tinha, o que poderia aprender e o que eles, do time, precisavam. Acabou encaixando tudo. Sobre o pick-and-roll, no Brasil eu já fazia muito isso desde o Minas e é uma jogada que gosto. Com os armadores que a gente tinha aqui ano passado facilitava bastante também. Meu arremesso é que não era assim tão forte e foi melhorando aos poucos. Creio que sejam estes três quesitos (mais defesa, pick-and-roll e arremesso de média distância) os que mais tenho trabalhado desde que voltei pra cá para treinar.
FELÍCIO: Fred é um excelente técnico, e desde que cheguei meu relacionamento com ele sempre foi excepcional. Ele sempre está me ajudando não só com parte técnica e tática, mas com alguns toques de quem já, como ele, jogou na liga por algum tempo. Ele sabe bem como as coisas funcionam. Já vir sabendo a língua também me ajudou bastante, não tenho dúvida disso. São muitas coisas novas que aparecem, muitas palavras novas, e já saber um pouco te ajuda a não sair do zero. Fica mais fácil não só dentro de quadra, mas sobretudo na convivência diária com os outros atletas. Isso me ajudou bastante na parte de comunicação no meu ano de novato.
BNC: Você não pode falar muito, mas com as saídas do Derrick Rose, Joakim Noah e Pau Gasol o Bulls entrará em reconstrução. Chegou o Robin Lopez no pivô, mas há expectativa de que o seu tempo de quadra seja muito mais parecido com aquele do final de 2015/2016 do que o do começo da temporada passada, não? A diretoria do Bulls projeta algo com você em termos de minutos, desenvolvimento e o que eles esperam de você para o próximo ano?
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