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Curry brilha, Warriors batem Cavs e ficam a uma vitória do bi na NBA

Fábio Balassiano

11/06/2016 00h53

O MVP unânime finalmente estreou nas finais da NBA. Até então apagado na decisão da melhor liga de basquete do mundo, Steph Curry teve atuação exuberante na noite desta sexta-feira. Converteu 7 bolas de três pontos, deu 6 assistências, terminou com 38 pontos e guiou o Golden State Warriors a uma fundamental vitória fora de casa contra o Cleveland Cavs por 108-97 (segundo tempo de 58-42 pró-Warriors).

Com o resultado, a franquia de Oakland, que ao todo teve 17 bolas de três pontos, quebrou o recorde que era de 16 do San Antonio Spurs em finais (2013) e conseguiu mais chutes de fora do que bolas de dois pontos (17 contra 16 de mais perto, algo surreal!), agora tem 3-1 e está a uma vitória de conquistar o bicampeonato da NBA. O jogo 5 será na segunda-feira às 22h na Califórnia. Aqui, aliás, um detalhe: nunca um time conseguiu sair de 1-3 para ganhar um título em 32 ocasiões. Outro impressionate: GSW tem 14-1 em partidas pós-derrotas (ou seja, sempre se recupera muito bem!)

O primeiro tempo foi muitíssimo equilibrado. O Golden State viu os Splash Brothers aparecerem logo de cara (Klay Thompson terminaria com 25 pontos), mostraram que a história seria muito diferente da do jogo de quarta-feira (surra do Cavs). O Warriors fez 29-28, jogou de forma mais tranquila e começou a rodar o seu elenco no período seguinte. O Cleveland aproveitou, viu Kevin Love, liberado pra jogar, sair do banco para converter 8 pontos rapidamente e foi pro intervalo vencendo por 55-50. LeBron James, que terminaria com 25 pontos, 13 rebotes e 9 assistências, e Kyrie Irving (34 pontos no final), pareciam os mesmos seres dominantes da partida anterior.No final do período, Steve Kerr, técnico do Warriors, reclamou muito (e com toda razão) e levou uma falta técnica.

O segundo tempo começou e o show do Golden State foi de altíssimo nível. A defesa funcionou, o ataque rodou a bola como nos melhores momentos da temporada regular, Steph Curry terminou com 11 pontos e todos os jogadores que saíram do banco (Anderson Varejão, que teve 3 rebotes ofensivos em 4 minutos e excelente defesa, inclusive) contribuíram. Os 29-22 viraram o placar e – o mais importante – colocaram várias pulgas na cabeça de Tyronn Lue, treinador do Cavs.

Aí o calouro-treinador Lue (ao meu ver) errou fortemente ao voltar para o quarto período com Kevin Love para o último período (não conseguia mais acompanhar o ritmo na defesa) e ao manter (ambos) LeBron James e Kyrie Irving durante TODO segundo tempo. Foram sete minutos sem converter uma única cesta de quadra para o Cleveland, que perderia pela primeira vez em casa neste playoff e que jogaria, no quarto final, apenas em um-contra-um de LeBron e Kyrie (e sabemos que este tipo de estratégia é a de menor conversão no mundo do basquete). Do outro lado Steve Kerr deu descanso para Curry, logo depois para Klay Thompson, em seguida para Andre Iguodala e terminou o jogo rodando a bola com todas as suas melhores peças frescas, descansadas, prontas para finalizar a partida com muita força física e precisão (ao todo, 17/36 de três pontos na noite).

No final, 108-97 pro Warriors, 3-1 na série e a chance de ganhar o título em casa na próxima segunda-feira (em 2015 o troféu foi conquistado na casa do Cleveland). Detalhe surrealista deste jogo 4 para o Warriors: o time teve 17/36 (47%) em bolas de três pontos e 16/45 (35%). E um time que acerta mais tiros longos (e com este percentual) do que de perto em uma decisão de NBA não é um time deste planeta, né?

Viu o jogo? O que achou? Comente aí!

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