Exemplar, Márcio Dornelles quer ajudar Vasco a empatar final da Liga Ouro
Fábio Balassiano
07/06/2016 01h00
MÁRCIO DORNELLES: Entramos muito mais concentrados, sem dúvida alguma. Principalmente em relação ao jogo 1 (derrota por 89-74), quando estivemos muito aquém daqulo que podemos render. No segundo jogo foi mais próximo do que é mesmo uma final, independente se é de Liga Ouro, NBB ou qualquer competição. Não levamos (77-72 Campo Mourão), mas lutamos, brigamos. Final é sempre cheia de energia, vibração e neste domingo tentamos evoluir neste sentido. Do lado da nossa torcida a gente tinha que ter toda essa vibração, toda essa entrega, porque pra gente é tudo ou nada, né. Defensivamente fomos perfeitos em três períodos. No último relaxamos um pouco, a diferença caiu, mas conseguimos nos recuperar para vencer bem.
MÁRCIO: Acho que uma das chaves para a gente é colocar a torcida ainda mais pra dentro do jogo. Você viu aí o barulho que eles fazem, o apoio que eles nos dão, a energia que eles nos transmitem. Isso é fundamental neste momento. Tomara que a gente consiga fazer outra festa, como foi a de domingo. Pra nós é isso mesmo que você falou: subindo degrau a degrau. A verdade mesmo é que o nosso primeiro objetivo, agora, é levar essa série ao quinto jogo. Antes de pensar em outra coisa precisamos colocar esse duelo no quinto jogo. Depois, aí sim, é tentar conquistar o título e o acesso para o NBB.
BNC: Individualmente, como está sendo pra você, um cara de 40 anos e com tanta coisa já vivida na quadra, passar por essa experiência de Liga Ouro? Coloquei nas redes sociais antes do jogo 3 que me impressionou muito que antes de começar a partida você era o cara que mais pulava, que mais tentava passar energia para seus companheiros. Este teu comprometimento é, pra mim, o que mais chama a atenção mesmo…
MÁRCIO: Ah, cara. Eu acho que ainda dá pra ir além. Se cuidando, se dedicando, treinando e colocando a carreira sempre em primeiro plano como sempre fiz, dá pra jogar um pouco mais, sim. Lógico que a cada ano que passa a intensidade diminui um pouquinho, mas a gente acaba compensando com a experiência de outras formas. Acredito que ainda possa contribuir com o basquete brasileiro de alguma maneira. Espero poder fazer muita coisa. Esse choro aí, esse desabafo, é também por amor. Basquete é o que eu sei fazer, é o que eu mais amo nesse mundo e que faz 22 anos a que me dedico dia e noite. Vou jogar até onde me quiserem.
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