Neto assimila revés da Liga das Américas, mas quer o NBB pelo Flamengo
Fábio Balassiano
22/03/2016 02h00
NETO: O bacana é isso, a evolução constante da Liga Nacional. É legal vermos que o basquete está crescendo, um motivo para tudo isso aqui. Pra gente que trabalha com o basquete é muito gratificante ver que nosso esforço, nosso trabalho, está servindo de entretenimento para muita gente. As atividades dos patrocinadores lá fora, algo novo, isso é muito legal. Foi um grande evento em Mogi. Isso é legal, e dá a oportunidade de quem não é familiarizado com o basquete conhecer um pouco mais da modalidade. Os jogadores participaram não só aqui na quadra, mas também fora, com ações sociais. Isso mostra a qualidade e a seriedade do trabalho.
NETO: Jogos Olímpicos a gente vê que é jogo único todos os dias. É fundamental que a gente esteja preparado para cada adversário que vamos enfrentar. Temos um grupo dificílimo, lógico, mas em Olimpíada não tem muita escolha, não. Você pode pegar um grupo fácil na fase de classificação, mas depois no mata-mata vem a dificuldade. Ou o contrário. Então quanto a isso estamos tranquilos, pois não esperávamos nada e sabíamos que seria muito complicado mesmo. É pensar jogo a jogo, conhecer bem o adversário, jogar de uma maneira muito específica contra cada um deles e lutar pelo nosso objetivo. Nos últimos anos temos mostrado bom desempenho nas competições de nível mundial, e acredito que na Olimpíada não será diferente.
BNC: Agora vamos falar de uma coisa triste…
NETO: Tem coisa triste?
BNC: Tem, infelizmente tem. É sobre a Liga das Américas. Queria ouvir de você a explicação, se possível, sobre a derrota para Bauru da forma como foi (17 pontos acima faltando 7' minutos no último período). Só acho fundamental não tirar o mérito de Bauru, que virou o jogo e venceu com méritos, mas você sabe que o Flamengo estava com a faca e o queijo na mão pra chegar à final da Liga das Américas.
NETO: A gente sempre aprende, né? Eu prefiro aprender com os acertos, mas os erros ensinam muito também. Do jogo o que fica de lição é que se o jogo tem 40 minutos, você tem que jogar muito duro os 40 minutos. Não vou tomar o que aconteceu como uma regra, porque aquilo ali está mais para exceção do que uma regra desde que chegamos ao Flamengo e por tudo o que a gente tem pra fazer. Então não quero colocar muito na nossa cabeça, porque é inevitável que pensemos, mas temos muitas coisas importantes para conquistar e pra pensar. Ficar remoendo isso o tempo todo não vai ajudar.
NETO: Eu penso muito o seguinte: eu tenho que respeitar muito aquele que acredita no meu trabalho. Hoje o Flamengo acredita no meu trabalho e vou me doar ao máximo. De uma certa forma eu acho que pude contribuir com alguma coisa para o basquete do Flamengo, e sei que ainda temos muitas coisas para fazer. Este é meu último ano de contrato, mas ainda há um NBB pela frente e quero estar muito focado nesta missão. O Flamengo nos deu uma oportunidade muito grande de representar o clube, vislumbrar o mundo, como aconteceu, então meu foco é em fazer o melhor pelo clube ainda neste NBB. Depois a gente vê o que acontece.
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