Topo

Com Desafio dos Calouros, outro passo na 'escada' da carreira de Raulzinho

Fábio Balassiano

28/01/2016 15h01

Na quarta-feira o armador Raulzinho, do Utah Jazz, foi escolhido para fazer parte do desafio dos jogadores de primeiro e segundo anos nascidos nos Estados Unidos contra os estrangeiros. O evento acontecerá durante o All-Star Weekend de Toronto na sexta-feira, 12 de fevereiro, e o brasileiro repetirá o feito de Nenê, que fez parte da mesma partida em 2003 (como novato) e em 2004 (em sua segunda temporada da NBA) e até então era o único atleta do país a participar da festa.

Ninguém é maluco de dizer que jogar em uma partida festiva assim é sinônimo de sucesso eterno na NBA. Não é. Há atletas que participaram deste tipo de partida e não duraram muito na liga depois disso. Mas para Raulzinho vale. Vale por ser mais um degrau que ele escala na escada da sua carreira que começou lá atrás, em 2008/2009, pelo Minas no NBB.

Raulzinho tem mostrado, temporada após temporada, não apenas que pode ser um bom armador, mas uma evolução que sinceramente ninguém consegue dizer em qual estágio ele vai parar (se seguirá sendo bom, ou se progredirá para se tornar excepcional). Do Minas, onde era uma promessa, para Gipuzkoa (Espanha), deste para o Murcia, e do Murcia para a NBA sempre houve algo diferente, uma melhoria em alguma parte de seu jogo, como demonstram abaixo seus números.

Para quem tem apenas 23 anos, já joga como titular (só foi reserva em um dos seus 44 jogos do campeonato) e encara a primeira temporada em um time bom (bom pra cima) da NBA como é o Jazz (atualmente com 20-25 e brigando pela oitava vaga no Oeste) com certa naturalidade e sabendo que faz para de seu processo de crescimento / amadurecimento (vendo as partidas do Utah não dá para sentir o brasileiro nervoso), isso é um ótimo sinal. Prova que o armador não está satisfeito, não está parado e quer sempre colocar algum "tijolinho" diferente em seu arsenal (ofensivo, defensivo, físico, mental etc.).

As médias de Raulzinho (5,6 pontos, 2,3 assistências e 19 minutos/jogo) são tão razoáveis quanto tímidas para um garoto que enfrenta bambas da posição todos os dias (não deve ser fácil esbarrar com Steph Curry e Chris Paul em partidas seguidas como foi em 23 e 26 de dezembro do ano passado, por exemplo) e que sabe que ainda precisa evoluir muito. Ao mesmo tempo, conhecendo o camisa 25, que tem a confiança do técnico (Quin Snyder), o carinho dos companheiros e o monitoramento da franquia Jazz, dá para vislumbrar que ele seguigrá melhorando ainda mais.

Se seria exagero dizer que o céu é o limite para Raulzinho, não me parece loucura afirmar que o seu melhor ainda está por vir (qual será este 'melhor' é que é impossível dizer).

Jogar o Desafio dos Novatos no All-Star Weekend é o prêmio para o garoto que começou lá atrás, passou por muita coisa na Europa e que agora está apenas iniciando a sua carreira no melhor basquete do mundo.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Com Desafio dos Calouros, outro passo na 'escada' da carreira de Raulzinho - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade

Sobre o blog

Por aqui você verá a análise crítica sobre tudo o que acontece no basquete mundial (NBB, NBA, seleções, Euroliga e feminino), entrevistas, vídeos, bate-papo e muito mais.


Bala na Cesta