Começa hoje contra a Venezuela (23h45, com Sportv e ESPN) a caminhada da seleção feminina no Pré-Olímpico de Edmonton (Canadá). A competição dá apenas ao campeão a a vaga direta para as Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, com vice, terceiro lugar e quarto colocado indo para o Pré-Olímpico Mundial que acontecerá no próximo ano. Datas e horários da primeira fase estão no site da CBB.
Para o Brasil, na prática, não vale muita coisa além de dar "jogo" às meninas. Isso porque nesta manhã de domingo a FIBA garantiu a presença das duas seleções (masculina e feminina) nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro no próximo ano.
Na quadra, que é onde podemos nos preocupar a partir de hoje então, a seleção feminina terá uma velha conhecida. Ausente do time nacional desde o Pan-Americano de 2011, Iziane foi cortada às vésperas das Olimpíadas de 2012 por ato de indisciplina e desde então estava fora da equipe. Mas teve nova chance. Sua função, além de tentar ajudar as mais jovens, será sobretudo dar consistência e "fogo" a um ataque brasileiro que foi muito mal no Pan-Americano de Toronto que terminou recentemente (média terrível de 65,8 pontos/jogo).
Apesar de a fase de amistosos mais uma vez ter sido horrorosa, com partidas apenas contra o Chile (até quando, CBB?), eu espero sinceramente que a seleção brasileira apresente nível de basquete satisfatório nesta competição (ao contrário do que vimos no Pan). A parte de fundamentos (dribles, passes, arremessos, saída de pressão, bloqueio por rebote, enfim, tudo…) precisa de muito cuidado e torço muito para que o técnico Zanon tenha treinado com carinho destes pontos.
São três jogos bem fáceis nesta primeira fase (Venezuela, Equador e Ilhas Virgens), um razoável (Argentina) e depois uma semifinal provavelmente contra Cuba (o Canadá deve ganhar o outro grupo). O nível da competição é fraco (tal qual o Pan-Americano), e o mínimo que se pode aguardar da seleção brasileira é que os defeitos apresentados em Toronto tenham sido corrigidos – até porque não haverá grande pressão por resultados, já que a vaga olímpica já está garantida.
Mais do que isso (basquete bonito, eficiente, defesa forte) é devaneio. O elenco é fraco, está desfalcado de Érika, Damiris e Clarissa (alguém da CBB chegou a falar com seus times da WNBA?), as jogadoras que estão em Edmonton têm problemas graves de formação e a preparação foi mais uma vez muito abaixo da crítica. Sorte às meninas.
