Recuperada, Elena Delle Donne mira temporada 'saudável' e Olimpíada no Rio
Fábio Balassiano
03/03/2015 13h01
* O Blogueiro viajou a convite do Canal Space
Na cadeira ao lado de Pip, porém, era possível chegar. E lá estava Elena Delle Donne, que jogaria com eterno camisa 33 dos Bulls no desafio de arremessos de sábado. Conversei com a ala do Chicago Sky de 25 anos rapidamente sobre sua carreira, a desistência de Diana Taurasi em jogar a temporada da WNBA e, claro, as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro.
ELENA DELLE DONE: Bastante! Estou muito feliz e honrada com o convite para vir a essa festa novamente. Quando soube que estaria no mesmo time do Pippen eu realmente surtei de emoção. Ele é uma referência para mim, um ídolo na cidade em que atuo (Chicago) e um dos caras com quem eu mais aprendi enquanto via os jogos da NBA. Já pedi até foto com o Pippen. Ele é um fenômeno.
DELLE DONE: Entendo o que você diz, mas os casos são diferentes. Em 2013/2014 eu realmente optei por não sair dos Estados Unidos para ter meu nome conhecido por aqui e devido a alguns compromissos profissionais importantes também. Nesta temporada foi simplesmente físico. Você deve ter visto que me machuquei bastante no final do campeonato passado e ficar nos EUA foi uma opção minha para começar a WNBA de 2015 na melhor forma possível. Ano passado te disse que não descartava jogar no exterior. Agora a mesma coisa. Estou aberta e quem sabe para o próximo ciclo isso ocorra.
DELLE DONE: A temporada passada foi uma tortura para mim. Não o jogo, em si, mas tudo o que cercou a minha participação. Nunca havia me machucado tanto na vida. Desde os tempos de colégio. O caso da Lyme foi terrível, mas as dores na coluna, acredite, foram a pior coisa da minha vida simplesmente porque não sabia o que fazer para resolver. Houve dias em que eu ficava no vestiário depois das partidas sem conseguir me mover de tanta dor que eu tinha nas costas. Me preparei bastante para esta temporada para suportar o ritmo do campeonato. Todo tipo de tratamento físico eu tenho feito para fazer uma ótima WNBA.
DELLE DONE: Foi um choque. Não há como dizer o contrário para você porque seria mentira. A WNBA sentirá muito a falta dela, o Phoenix também e nós, rivais, a mesma coisa. Uma atleta excepcional, que eleva o nível das partidas. A liga deve estar vendo algumas fórmulas para isso acontecer nos próximos anos. É algo realmente ruim para o nosso esporte, para o nosso produto aqui. Sobre a decisão dela, é algo profissional, totalmente dela e não creio que alguém possa falar algo. Ela joga há 10 anos sem parar na WNBA, Europa e seleção, e certamente seu corpo necessita de algum descanso.
DELLE DONE: Sim. Definitivamente é um dos meus objetivos jogar as Olimpíadas no Rio de Janeiro e já estou me preparando para isso. Haverá uma série de treinamentos até lá, e vou participar para que a comissão técnica possa me avaliar e, quem sabe, convocar. É uma das minhas metas profissionais para o próximo ano, sim.
Sobre o blog
Por aqui você verá a análise crítica sobre tudo o que acontece no basquete mundial (NBB, NBA, seleções, Euroliga e feminino), entrevistas, vídeos, bate-papo e muito mais.